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Mary Terezinha, ícone da música tradicional gaúcha, morre aos 79 anos

Conhecida como ‘A Menina da Gaita’ e apelidada de ‘Teixeirinha de Saias’, artista ganhou fama no cenário musical gaúcho principalmente pela colaboração com o cantor Vítor Mateus Teixeira

Famosa como a 'Teixeirinha de Saias', Mary Terezinha faleceu nesta segunda-feira, deixando um legado na música gaúcha (Reprodução Mary Terezinha)

Famosa como a 'Teixeirinha de Saias', Mary Terezinha faleceu nesta segunda-feira, deixando um legado na música gaúcha (Reprodução Mary Terezinha)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 30 de junho de 2025 às 19h34.

Última atualização em 30 de junho de 2025 às 19h41.

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A música gaúcha perdeu um de seus grandes nomes nesta segunda-feira, 30. Mary Terezinha morreu aos 79 anos, em Porto Alegre.

O falecimento da cantora, compositora e acordeonista foi confirmado por meio das redes sociais da artista e família, mas ainda não foram divulgados detalhes sobre a causa da morte nem informações sobre os atos fúnebres.

"A mãe foi uma pioneira das mulheres, tanto na vida artística quanto na vida pessoal. Ela não escondia quem era, era autêntica. Morreu em paz", diz Liane, filha da cantora.

Quem foi Mary Terezinha?

Mary Terezinha Cabral Brum, conhecida como "A Menina da Gaita" e apelidada de "Teixeirinha de Saias", ganhou fama no cenário musical gaúcho principalmente pela colaboração com o cantor Vítor Mateus Teixeira, o Teixeirinha. O casal, que teve dois filhos, Alexandre e Liane Teixeira, foi responsável por uma parceria que resultou em 12 filmes e muitos LPs gravados, e deixou um legado importante na música popular brasileira.

Mary Terezinha e Teixeirinha começaram a trajetória juntos na década de 1960, quando ela, ainda com apenas 13 anos, conheceu o cantor. Ao longo de 24 anos de união, a dupla gravou diversos sucessos, incluindo milongas e arrasta-pés, como Gauchinha Fronteirista e Sou Levada, músicas que marcaram a trajetória do casal.

Em 1978, Mary Terezinha lançou seu LP solo, Mary Terezinha, pela gravadora Continental, e começou a se afastar de Teixeirinha. A separação oficial aconteceu em 1984, quando ela deixou um bilhete que dizia: "Não me farei mais presente ao seu lado". Este bilhete causou um infarto em Teixeirinha, mas ele sobreviveu.

Após a separação, Mary Terezinha seguiu carreira solo e lançou uma autobiografia, A Gaita Nua, em 1992, na qual relatou os anos ao lado de Teixeirinha. Em 1997, ela se converteu à Igreja do Evangelho Quadrangular e passou a se dedicar à música gospel.

Como missionária cristã, Mary Terezinha percorreu o Brasil com mensagens de fé, e na virada do século, gravou dois CDs: Mari Terezinha e A Serviço do Rei, ambos com músicas de sua autoria.

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