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'O Agente Secreto', de Kleber Mendonça Filho, é aplaudido de pé por 10 minutos em Cannes

Este é o quarto longa-metragem de ficção de Mendonça Filho, que desta vez viaja para o Brasil de 1977, em plena ditadura militar

Moura interpreta Marcelo, um pesquisador de tecnologia e professor universitário (Valery Hache / AFP)

Moura interpreta Marcelo, um pesquisador de tecnologia e professor universitário (Valery Hache / AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 18 de maio de 2025 às 14h09.

Neste domingo, "O Agente Secreto", filme do diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho estrelado por Wagner Moura, foi aplaudido de pé por dez minutos. Estreou na exibição de gala do Festival de Cinema de Cannes, onde concorre à Palma de Ouro.

Abraços e beijos entre a equipe do filme após a exibição no Grand Théâte Lumière em Cannes, enquanto a plateia lotada aplaudia. A exibição terminou com algumas palavras do diretor, que, após agradecer o trabalho de sua equipe, destacou que "alguns dos maiores filmes" que ele viu no cinema foram vistos nas exibições da tarde de domingo.

Este é o quarto longa-metragem de ficção de Mendonça Filho, que desta vez viaja para o Brasil de 1977, em plena ditadura militar, mas num momento em que a pressão social começa a deixar os poderosos nervosos.

Moura interpreta Marcelo, um pesquisador de tecnologia e professor universitário que foge da tentativa de uma empresa poderosa de comprar à força uma de suas patentes. Ela foge para sua cidade natal, Recife, capital de Pernambuco, para procurar seu filho, que está sendo cuidado pelos avós.

Conhecido por 'Tropa de Elite' (2007) e por interpretar Pablo Escobar na série 'Narcos', Moura está impecável em sua atuação em um filme povoado por personagens estranhos, momentos tragicômicos e até uma perna surreal que revive e emociona as pessoas, ideia que vem de uma antiga lenda brasileira.

Um filme que foi muito bem recebido em Cannes pela crítica internacional, que o descreveu como "desenfreado e emocionante", segundo a revista Screen.

Ou "deslumbrante" pela Variety, que destaca que neste drama o diretor brasileiro "revela uma surpreendente rede de apoio clandestina que operou durante a ditadura do país, quando vidas humanas eram consideradas dispensáveis".

Embora o Deadline lamente a duração do filme (158 minutos) e seu roteiro seja "às vezes desconexo", ele também reconhece que Mendonça Filho "conseguiu infundir estilo e emoção" na narrativa.

Uma narrativa enriquecida e encantada pelo carnaval que reina nas ruas do Recife, que contribui para a confusão em que vivem os personagens e reflete o Brasil da época.

E na qual a música também tem um papel importante, com uma mistura espetacular de ritmos carnavalescos e canções americanas da época.

Maria Fernanda Candido, Gabriel Leone, Carlos Francisco, Alice Carvalho, Robério Diógenes e Udo Kier são outros atores que aparecem neste filme, que a equipa apresenta à imprensa esta segunda-feira em Cannes.

Acompanhe tudo sobre:CinemaFestival de Cinema de Cannes

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