Elizabeth Moss: atriz de 'The Handmaid's Tale' faz parte de religiãos (Hulu/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 19 de maio de 2025 às 11h41.
Última atualização em 19 de maio de 2025 às 11h43.
Fundada em 1953 pelo escritor americano L. Ron Hubbard, a Cientologia é vista por seus seguidores como uma religião de autoconhecimento espiritual.
Para os críticos, é um sistema fechado, repleto de segredos e interesses financeiros. O centro da controvérsia é o conceito de “thetan”, uma alma imortal que vive várias vidas.
A doutrina afirma que o thetan pode ser “liberto” das memórias traumáticas do passado por meio de sessões chamadas “auditorias”.
Origens e fundamentos A Cientologia nasceu de um sistema terapêutico criado por Hubbard nos anos 1950, chamado Dianética. Inicialmente, era promovida como cura emocional. Com o tempo, evoluiu e se tornou uma religião com a criação da Igreja da Cientologia em 1953.
No núcleo de suas crenças está a ideia de que os humanos são thetans, espíritos imortais com traumas de vidas passadas. Esses traumas, ou “engrams”, podem ser identificados e removidos em sessões de auditoria com um aparelho chamado E-meter. O objetivo é alcançar o estado de “clear” (livre de engrams).
Depois, o adepto pode subir na “Escada da Iluminação” para os níveis Operating Thetan (OT). Esses níveis têm ensinamentos secretos. Um deles fala sobre um imperador alienígena chamado Xenu.
A Cientologia se distingue de religiões tradicionais. Ela não fala de salvação ou condenação eterna, mas de um ciclo contínuo de vidas.
Seus ensinamentos sobre a origem do universo falam de civilizações alienígenas. Também mencionam disputas cósmicas entre thetans. Isso é diferente das cosmogonias judaico-cristãs e islâmicas.
Ainda tem semelhanças com tradições orientais, como hinduísmo e budismo. Isso é claro na ideia de reencarnação e libertação espiritual, mas não busca o nirvana.
Apesar do discurso de tolerância religiosa, os ensinamentos da Cientologia são exclusivos. Não há espaço para conciliação com outras crenças. O seguidor deve encontrar todas as respostas nos escritos de Hubbard.
Tom Cruise é o cientologista mais famoso do mundo. Iniciado na religião por sua ex-esposa Mimi Rogers, ele se tornou um dos principais rostos da Igreja. Várias celebridades se declararam adeptas da doutrina, como:
Elisabeth Moss, atriz de The Handmaid’s Tale
Danny Masterson, ator, recentemente condenado e defensor da igreja
Bijou Phillips, atriz e esposa de Masterson
Michael Peña, ator
Giovanni Ribisi e Marissa Ribisi, atores criados na religião
Erika Christensen, atriz de família cientologista
Michelle Stafford, atriz
Joy Villa, cantora
Greta Van Susteren, apresentadora
Tom Cruise: ator é um dos cientologistas mais famosos do mundo (Getty Images/Getty Images)
Edgar Winter, músico
Mick Woodmansey, baterista
Juliet Simms, cantora e ex-*The Voice*
Patrick Renna, ator
Ruddy Rodríguez, atriz
Billy Sheehan, baixista
A estrutura da Cientologia é hierárquica. Os cursos e auditorias são pagos. Isso gera críticas, pois muitos acham que a igreja parece mais uma empresa do que uma religião.
Ex-membros que se tornaram dissidentes denunciam perseguições, isolamento familiar e contratos abusivos.
Ainda assim, a Igreja continua ativa em muitos países, com sedes grandiosas e respaldo legal como religião em vários lugares.
Para Tom Cruise, a Cientologia é frequentemente citada como uma razão para sua energia e longevidade profissional.
Para o público, no entanto, a pergunta permanece: o que há por trás das portas da igreja que alguns chamam de fé e outros, de seita?