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O último panda do Japão: por que animais foram devolvidos à China

Empréstimo dos ursos faz parte da "diplomacia dos pandas"; entenda

Panda-gigante: animal é 'emprestado' da China como diplomacia  (Li Hongbo/VCG /Getty Images)

Panda-gigante: animal é 'emprestado' da China como diplomacia (Li Hongbo/VCG /Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 16 de julho de 2025 às 09h55.

Última atualização em 16 de julho de 2025 às 09h57.

O que parecia ser uma história de encanto entre o Japão e seus adorados pandas-gigantes, agora se transforma em um capítulo de despedida. Após longos anos de convívio, os pandas que habitaram o Japão e conquistaram corações, começam sua jornada de volta para casa, mas o que motivou a partida?

O que aconteceu com os pandas chineses no Japão?

Os pandas-gigantes chineses, que viviam em zoológicos japoneses como parte da "diplomacia dos pandas", retornaram à China devido ao término dos contratos de empréstimo estabelecidos entre os zoológicos e a China.

Esses acordos, que geralmente duram até dez anos, não só visam à conservação dos animais, mas também funcionam como uma ferramenta diplomática para estreitar os laços entre a China e outros países.

Quando esses contratos expiram, os pandas, incluindo os filhotes nascidos durante o período de empréstimo, devem retornar à China para integrar programas de reprodução e preservação da espécie. Os pandas que estavam no parque Adventure World, em Shirahama, no Japão, cumpriram esse ciclo, e ao final de junho de 2025, partiram para o centro de criação de pandas na província de Sichuan, na China.

Diplomacia dos pandas e suas implicações políticas

Além da conservação ambiental, a diplomacia dos pandas também tem um impacto significativo nas relações diplomáticas.

Embora não tenha sido oficialmente comunicado, a decisão de não renovar os contratos de empréstimo com o Japão ocorre em um contexto de relações mais tensas entre os dois países. Historicamente, a China tem usado os pandas como símbolos de boa vontade, mas também para expressar descontentamento diplomático quando necessário.

A China já havia demonstrado anteriormente que a devolução ou recusa em enviar pandas poderia ser uma forma de pressionar, ou mesmo retificar relações internacionais. No Japão, esse contexto também se reflete no momento atual de esfriamento nas relações diplomáticas entre os dois países.

O retorno das criaturas e o futuro da diplomacia panda

O retorno dos pandas não é um fenômeno isolado.

Em diversos países, quando o contrato de empréstimo chega ao fim, os pandas devem seguir de volta para a China, independente de sua popularidade ou dos laços emocionais criados com os locais. Este processo faz parte da política de conservação da China e da sua estratégia diplomática internacional.

No Japão, a saída dos pandas de Shirahama deixa apenas dois no Zoológico de Ueno, em Tóquio, que também têm retorno previsto, acompanhando o término de seus respectivos contratos.

A China ainda não emprestou pandas ao Brasil, mas negociações concretas entre os governos chinês e brasileiro estiveram em andamento. Um possível acordo para o envio de um casal de pandas gigantes ao Brasil foi discutido para coincidir com a visita do presidente chinês Xi Jinping ao país em novembro de 2024. No entanto, questões financeiras impediram a implementação imediata do projeto. O custo anual estimado para manter os pandas seria de cerca de US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 6 milhões), valor considerado alto pelos zoológicos brasileiros interessados.

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