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Paramount corta 3,5% de sua força de trabalho nos EUA e aposta no streaming para crescer no mercado

Os delisgamentos são uma resposta direta às dificuldades enfrentadas pela companhia no atual cenário do setor de entretenimento, marcado por declínios da TV linear

 (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

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Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de POP

Publicado em 10 de junho de 2025 às 11h54.

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Os negócios continuam instáveis para a Paramount Global, e o cenário parece cada vez menos animador. A empresa anunciou nesta terça-feira, 6, a redução de 3,5% de seu quadro de funcionários nos Estados Unidos, medida que afeta centenas de colaboradores.

O corte é uma resposta direta às dificuldades enfrentadas pela companhia no atual cenário do setor de entretenimento, marcado por declínios da TV linear e um ambiente macroeconômico desafiador.

Em comunicado interno, assinado pelos três co-CEOs da empresa — George Cheeks, da CBS; Chris McCarthy, presidente e CEO do Showtime/MTV Entertainment Studios e Paramount Media Networks; e Brian Robbins, da Paramount Pictures — a companhia afirma que a maioria dos funcionários afetados seria notificada no mesmo dia.

Crescimento no mercado de streaming

A ação segue um movimento que a Paramount já havia iniciado no ano passado, quando tomou a decisão de cortar cerca de 2 mil postos de trabalho, com a meta de reduzir custos operacionais em até US$ 500 milhões anuais. O estúdio também está em processo de integração com a Skydance Media, com a fusão ainda aguardando aprovação regulatória, o que gera incertezas e pressões financeiras adicionais.

Mas o motivo principal da nova rodada de demissões, segundo a carta enviada aos funcionários, é a necessidade de se ajustar às mudanças estruturais da indústria. A companhia está investindo em sua plataforma de streaming, o Paramount+ , que vem apresentando bons resultados de crescimento, apesar dos custos elevados de produção e aquisição de conteúdo.

“Estamos enfrentando um declínio contínuo da TV linear e um ambiente econômico dinâmico que exige ações difíceis, mas necessárias, para que possamos garantir o sucesso a longo prazo da Paramount”, afirmam os CEOs no comunicado.

Tendência de mercado?

O estúdio não está sozinho na decisão de cortar empregos. Nos últimos meses, outras grandes empresas de mídia — Disney e Warner Bros. Discovery, por exemplo — também anunciaram demissões em seus quadros de funcionários, ainda que o segmento de streaming esteja gerando bons resultados, sobretudo na casa do Mickey.

Enquanto a Disney realizou cortes significativos em diversas divisões, como TV, cinema e finanças corporativas, a Warner Bros. Discovery, por sua vez, fez ajustes menores no setor de TV a cabo. São movimentações que indicam uma tendência na indústria, onde os gigantes do entretenimento estão cada vez mais focados em se reestruturar para otimizar investimentos no universo digital, com ênfase no streaming e no desenvolvimento de conteúdo para plataformas de vídeo sob demanda (VOD).

Com 18,6 mil funcionários ao redor do mundo, a Paramount continua a manter uma presença significativa no mercado global. Além de sua vasta rede de canais de TV, como CBS e MTV, a companhia tem apostado forte na produção de grandes filmes e séries, como a franquia de "Missão: Impossível" e o sucesso crescente de "Yellowjackets".

“Estamos profundamente gratos a todos os funcionários que ajudaram a criar conteúdos recordes, como a série 'Mission: Impossible' e a cobertura da NCAA. Essas produções, assim como o crescimento do streaming, são motivo de orgulho para todos nós”, escreveram Cheeks, McCarthy e Robbins na mensagem.

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