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Qual é o lineup secreto do No Lineup Festival da Heineken?

15 artistas, mantidos em segredo até os horários dos shows, se apresentaram no primeiro festival proprietário da Heineken no Brasil; confira a lista completa

No Lineup: festival atiçou a curiosidade de fãs de música e acontece entre sábado e domingo (Mariana Smania / Heineken/Divulgação)

No Lineup: festival atiçou a curiosidade de fãs de música e acontece entre sábado e domingo (Mariana Smania / Heineken/Divulgação)

Paloma Lazzaro
Paloma Lazzaro

Estagiária de jornalismo

Publicado em 25 de outubro de 2025 às 21h16.

Última atualização em 26 de outubro de 2025 às 01h45.

O festival com proposta de lineup secreto da Heineken atiçou a curiosidade dos fãs de música. Realizado em São Paulo no sábado, 25, e domingo, 26, os ingressos gratuitos se esgotaram rapidamente e internautas correram para tentar adivinhar quais seriam os nomes a se apresentar na Fábrica de Impressões, na Barra Funda.

'Espiadinha' dos curadores

Às vésperas do evento, os curadores do festival, Lúcio Ribeiro e Felipe Hirsch, listaram quatro dicas sobre artistas que farão parte do evento:

  • "A voz que quebrou barreiras. Rainha do soul que inspirou grandes artistas e toda uma geração a cantar sem pedir presença."
  • "Ela já assinou beats que marcaram álbuns de duas cantoras da atualidade, e agora leva o caos para o palco."
  • "A voz que fundou a maior revolução do rap brasileiro chega cercada por rimas que mantêm o legado."
  • "Direto do Brooklyn a banda que mistura post-punk, eletrônico e soul para reinventar o indie moderno."

Internautas têm tentado desvendar a charada. Alguns sugeriram nomes como Sade, Arca e LCD Soundsystem. A curiosidade foi sanada durante o festival, que foi vai até as 3h e atraiu um público rotativo de 3 mil pessoas. Confira abaixo a lista completa de quem se apresentou no No Lineup Festival.

Apresentações

DJ Nuven abriu o festival no palco Pulse. Nuven é o projeto eletrônico de Gustavo Teixeira, músico e produtor de São Paulo. Seu som combina distorções e ritmos eletrônicos.

Don L se apresenta no No Lineup Festival (Mariana Smania / Heineken/Divulgação)

O rapper brasileiro Don L se apresentou logo depois no Pulse Stage. Conhecido por misturar seu flow politicamente engajado com influências da MPB e hip hop internacional, ele trouxe durante à tarde sucessos da sua discografia, considerada uma das mais influentes do rap nacional atualmente.

Soccer Mommy: cantora ié conhecida no meio indie pelas melodias doces (Mariana Smania / Heineken/Divulgação)

A seguir, a norte-americana Soccer Mommy e os paulistanos Pelados iniciaram a sequência indie no festival. A melancolia expressa em melodias doces de Soccer Mommy embalou o público no Echo Stage.

A cantora e compositora faz parte da nova cena de indie pop melancólico feminino, acompanhada por nomes como Phoebe Bridgers e Mitski. Já os Pelados trouxeram seu pop alternativo recheado de humor ácido ao Noise Stage.

TV On The Radio: banda indie da década de 2000 foi uma das 'espiadinhas' dadas pelos curadores (Mariana Smania / Heineken/Divulgação)

TV On The Radio veio a seguir, mantendo a sonoridade indie no palco Pulse. Os curadores fizeram alusão à participação deles no festival, como a banda do Brooklyn "que mistura post-punk, eletrônico e soul para reinventar o indie moderno". A banda surgiu em 2001, época em que seus conterrâneos The Strokes lançaram seu primeiro álbum e levaram o indie rock de Nova York para o resto do mundo.

A sequência de indie foi finalizada pelo Panic Shack, banda britânica que se apresentou no palco Echo. O grupo nasceu em 2018 no País de Gales e é representante da forte da atual onda do pós-punk britânico e conta com Sarah Harvey, Meg Fretwell, Romi Lawrence e Emily Smith, acompanhadas por Nick Doherty-Williams na bateria.

Thalin foi o segundo artista a se apresentar no palco Noise. Seu som é marcado por batidas que mesclam elementos tradicionais do rap e eletrônica moderna. Em apresentação solo no festival, ele também faz parte do coletivo que criou o muito elogiado projeto Maria Esmeralda.

Tierra Whack subiu no palco Pulse logo depois. A artista americana de hip hop é figurinha carimbada na cena musical. Tierra possui colaborações com nomes como Beyoncé, Melanie Martinez, Lil Yachty, Tyler, The Creator, Alicia Keys e outros.

Mano Brow: gigante do rap nacional faz apresentação de 1h30 acompanhado por Rincon e Rael (Mariana Smania / Heineken/Divulgação)

O rap continuou a dominar o bloco de apresentações, com Mano Brown lotando o palco Echo. Brown foi integrante do Racionais MC, grupo já consagrado como clássico. Sua apresentação do No Lineup também vem acompanhada por Rael e Rincon Sapiência. Natural do Capão Redondo, Mano Brown foi parte da "espiadinha" dos curadores, que o descreveram como a "voz que fundou a maior revolução do rap brasileiro chega cercada por rimas que mantêm o legado."

No Noise Stage, o maranhense Negro Léo apresenta seu repertório sincrético elogiado internacionalmente pela sensibilidade psicodélica.

Chaka Khan: dona de hits clássicos, a diva do soul e funk se apresentou no palco Pulse (Mariana Smania / Heineken/Divulgação)

Após o show de 1h30 de Brown, o rapper se juntou à plateia da apresentação lotada de Chaka Khan no palco Pulse. Ela já foi citada como influência por Whitney Houston, Prince e Beyoncé. Conhecida pela voz poderosa e hits clássicos como "Feel the Fire", "I'm Every Woman e "I Feel For You", a cantora de funk e soul trouxe seu groove característico à performance glamourosa.

A vencedora de 10 Grammys realizou seu show depois de mais de 10 anos sem vir ao Brasil. Aliás, essa foi outra apresentação prevista pelos curadores na lista de dicas, descrita como "a voz que quebrou barreiras. Rainha do soul que inspirou grandes artistas e toda uma geração a cantar sem pedir presença."

Após Khan, a atmosfera mudou rapidamente com a apresentação de Arca no Echo Stage. Produtora de faixas emblemáticas de Rosalia, Kanye West e Addison Rae, a venezuelana apelidada de "diva experimental" trouxe seu estilo voraz de música eletrônica ao festival. Sua última apresentação no Brasil foi na primeira edição do Primavera Sound, em 2022, marco na cena musical alternativa e nos festivais brasileiros.

Arca conquistou a indústria da música e fãs com sua mistura de ritmos latino americanos, produção inspirada pelo gênero industrial e estruturas musicais pouco convencionais. Natural de Caracas, a artista trouxe essa sensibilidade em um DJ set eclético.

Simultaneamente, a banda de jazz Metá Metá foi a atração do palco Noise. Recém-participantes do Tiny Desk Brasil, Juçara Marçal, Kiko Dinucci e Thiago França formam o grupo que é considerado um dos mais prestigiados e representativos do cenário musical brasileiro atual.

A música eletrônica experimental continuou no Echo Stage com a apresentação do funkeiro DJ K. De Diadema, zona metropolitana de São Paulo, ele é um dos maiores nomes no gênero de funk bruxaria. O ritmo é marcado por batidas industriais, produção musical cáustica e agudos potentes. Ele conquistou atenção internacional com o álbum "Pânico no Submundo" de 2023, incluindo uma nota 7,9 da rigorosa revista norte-americana Pitchfork.

*Matéria em atualização

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