Anna Wintour ( James Devaney/GC Images/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 5 de maio de 2025 às 11h06.
Desde 1988 no comando da Vogue norte-americana, Anna Wintour moldou o gosto e o comportamento de gerações inteiras. A executiva britânica, também diretora global de conteúdo da Condé Nast, é a responsável pelas estratégias editoriais de títulos como Vanity Fair, GQ, The New Yorker e Allure.
Sua liderança discreta e implacável é associada a uma das maiores revoluções do jornalismo de moda.
Wintour nasceu em 3 de novembro de 1949, em Londres, e desde a adolescência demonstrava interesse por moda e comunicação. Filha de um renomado editor britânico, iniciou a carreira em publicações locais antes de migrar para os Estados Unidos nos anos 1970. Em Nova York, passou por revistas como Harper’s Bazaar e New York Magazine, onde se destacou por uma curadoria ousada e pelo foco em comportamento urbano.
Ao assumir o cargo de editora-chefe da Vogue americana, em 1988, Wintour foi responsável por reposicionar a revista como um termômetro cultural e econômico da indústria fashion.
Ela introduziu uma abordagem que unia alta-costura e peças mais acessíveis, além de capas com celebridades — uma inovação à época. Foi essa combinação que fez da Vogue uma publicação com tiragens milionárias e enorme peso comercial entre marcas e leitores.
Paralelamente, Wintour se tornou a principal organizadora do Met Gala em 1995. O evento anual, que arrecada fundos para o Costume Institute do Metropolitan Museum of Art, é hoje considerado o maior acontecimento beneficente e midiático da moda global. A edição mais recente ultrapassou a marca de US$ 15 milhões em arrecadação.
Estima-se que Anna Wintour tenha, em 2025, um patrimônio líquido de aproximadamente US$ 50 milhões. Seu salário anual como líder da Condé Nast e da Vogue gira entre US$ 2 milhões e US$ 4 milhões, com bônus adicionais vinculados ao desempenho dos eventos que organiza.
Embora os ganhos com o Met Gala não sejam divulgados, especialistas do setor afirmam que ela exerce controle estratégico sobre o patrocínio e os bastidores do evento.
Fora das cifras, a executiva é reconhecida por sua imagem icônica: cabelos no corte bob, óculos escuros grandes e uma postura contida, que a tornou inspiração para a personagem Miranda Priestly, no filme O Diabo Veste Prada.
Anna Wintour consolidou-se como a editora de moda mais influente do planeta.
Sua curadoria editorial determinou tendências, consolidou nomes no setor e redesenhou o papel das revistas como plataformas de relevância cultural e social. Com mais de três décadas de atuação na Vogue, ela permanece no centro das decisões que moldam o futuro da moda global.