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Round 6: ‘alguns VIPs lembram Elon Musk’, diz criador sobre novos vilões

Na terceira temporada, elite assassina abandona o anonimato e assume o controle dos jogos — com armas nas mãos

VIPs em Round 6: bilionários abandonam o anonimato e entram armados na disputa (Divulgação/Netflix)

VIPs em Round 6: bilionários abandonam o anonimato e entram armados na disputa (Divulgação/Netflix)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 30 de junho de 2025 às 08h48.

Na nova fase de Round 6, lançada na quinta-feira, 27, os bilionários da trama deixam de ser apenas espectadores e passam a agir diretamente. Na reta final, os VIPs abandonam os camarotes e vestem os uniformes dos soldados para executar os perdedores com as próprias mãos.

Desde a estreia, em 2021, essas figuras representam o topo de uma pirâmide social que transforma o sofrimento em espetáculo. Antes ocultos sob máscaras de animais, agora eles se mostram abertamente, trocando o anonimato pela violência direta.

Para o criador da série, Hwang Dong-hyuk, a mudança espelha a realidade atual. “Nos Estados Unidos, os verdadeiros controladores do sistema deixaram de se esconder. Agora dizem abertamente que estão no comando”, declarou o diretor à revista Time. Ele afirma que a elite atual faz questão de mostrar quem manda no mundo.

Do roteiro para a realidade

Entre a primeira e a terceira temporadas, o número de bilionários no mundo cresceu de 2.000 para mais de 3.000. Juntos, eles acumulam mais de 16 trilhões de dólares — valor superior ao PIB da maioria dos países.

Elon Musk, com fortuna estimada em US$ 412 bilhões, é apontado por Hwang como uma figura que acabou influenciando o perfil dos novos VIPs. Donald Trump também é citado como modelo não intencional para personagens anteriores da série.

O contraste entre a vida de luxo desses personagens e o desespero dos competidores ganha uma ilustração simbólica: o casamento de Jeff Bezos, avaliado em cerca de US$ 46 milhões, aconteceu no mesmo fim de semana da estreia da nova temporada.

Jogo, voto e desigualdade

No enredo, o sistema de votação entre os participantes ganha novo peso. Os sobreviventes podem decidir se o jogo continua ou se os prêmios são divididos. Mas a escolha é ilusória. Como lembra Hwang, os termos foram definidos por quem detém o poder — e a democracia serve apenas para manter a divisão entre os de baixo.

O roteiro também se apoia em eventos recentes, como o avanço de extremistas na Europa e a crise política na Coreia do Sul. Hwang cita ainda a invasão do Capitólio nos EUA, em 2021, como um marco da radicalização global.

“O diálogo acabou”, afirma. “Hoje, cada lado acredita que só sua visão está certa. E com o avanço da IA e dos algoritmos, a informação se tornou ainda mais enviesada. A pergunta que fica é: o voto ainda funciona?”

No penúltimo episódio, os próprios jogadores decidem quem deve ser morto. Um dos nomes sugeridos é o de um bebê. “Vamos votar”, diz um dos personagens.

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