Stranger Things: última temporada da série será lançada nesta quarta-feira (Divulgação/Netflix)
Repórter
Publicado em 26 de novembro de 2025 às 11h07.
O que começou com uma criança desaparecida, um monstro no porão e referências aos anos 1980 se transformou na maior franquia da história da Netflix. Com estreia da quinta temporada marcada para esta quarta-feira, 26, Stranger Things atinge o ápice não apenas como série, mas como propriedade intelectual global — nos moldes de Star Wars.
Desde 2020, Stranger Things já gerou mais de US$ 1 bilhão em receita, atraiu cerca de 2 milhões de assinantes e movimentou outros US$ 200 milhões em produtos licenciados. A expectativa é que o valor total ultrapasse US$ 2 bilhões com o lançamento da temporada final.
Como Star Wars, Stranger Things é construída sobre símbolos fortes e reutilizáveis: Demogorgon, Hellfire Club, a trilha sonora retrô e o grupo de jovens heróis formam uma base cultural sólida, capaz de sustentar produtos, histórias derivadas e eventos ao vivo — mesmo sem novos episódios.
A força está na repetição e na familiaridade. Maratonas constantes, figurinos vendidos em larga escala e trilhas em vinil mantêm a marca viva na memória do público.
A franquia já soma mais de 150 produtos licenciados, com parcerias que vão de Nike e Converse a pizzas congeladas e joias da Pandora. Essa cadeia comercial segue o modelo da Lucasfilm: um universo narrativo amparado por uma operação comercial durável.
Além dos produtos físicos, a série já se expandiu para peças de teatro premiadas, animações em desenvolvimento e pelo menos um spin-off confirmado.
Como a Netflix transformou Stranger Things em máquina de fazer dinheiro
Como no universo Jedi, Stranger Things também opera em camadas narrativas: núcleo principal (a série), derivados (spin-offs) e expansões (teatro, animação, experiências imersivas). A estrutura permite que a marca continue ativa mesmo após o fim da história principal.
A nova fase da franquia estreia ainda em 2026, com novos formatos e personagens. A Netflix deixa claro: o fim da série não é o fim do negócio.
Stranger Things sai do status de “série original” para se consolidar como IP proprietária. O plano da Netflix segue o modelo da Disney: transformar narrativas em marcas e marcas em plataformas comerciais.
O mundo invertido pode acabar em 2025. Mas o ciclo de monetização de Hawkins — assim como a força — continua.