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A edição da reconexão: South Summit Brazil precisou ser resiliente até o último minuto

Wagner Lopes, country manager do South Summit Brazil, conta como foi realizar o evento depois da enchente

Wagner Lopes, do South Summit: "fizemos  a edição da resiliência" (Divulgação/Divulgação)

Wagner Lopes, do South Summit: "fizemos a edição da resiliência" (Divulgação/Divulgação)

Daniel Giussani
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 24 de abril de 2025 às 06h00.

Wagner Lopes, country manager do South Summit Brazil, conta como foi realizar o evento depois da enchente.

Como foi tirar este South Summit do papel?

Esta edição foi confirmada logo depois das enchentes, e em nenhum momento titubeamos sobre fazê-la no Cais Mauá. Entendemos que aquele local mostra a reconexão de Porto Alegre com o rio, e esta edição marca a reconexão depois das inundações. Por isso, mantivemos a marca da água nos armazéns do cais, e a ideia de que as pessoas vissem o Guaíba não como inimigo, mas como parte do que aconteceu.

Pouco antes do evento, uma nova tempestade destruiu boa parte da estrutura. Como foi?

Foi muito difícil. E colocou um risco grande nesta edição. Foram destruídos 1.600 metros quadrados do telhado dos armazéns.A tempestade destruiu 80% de todas as estruturas temporárias que já estavam montadas, e faltavam dez dias para o evento começar. Foi uma força-tarefa, trabalhando em três turnos por nove dias. Já era a edição da resiliência. E se tornou ainda mais.

O público se engajou com o tema da retomada?

Nós já percebíamos no período de pré-evento um interesse do nosso público de fora do Rio Grande do Sul em vir a Porto Alegre para apoiar e ver como a cidade estaria depois do que aconteceu. Muitas das pessoas que participaram do evento ajudaram o estado e queriam estar aqui para ver como está a reconstrução. Foi a nossa melhor edição, a mais madura. E reforça o South Summit como um evento nacional de inovação, visto que quase metade dos visitantes não eram gaúchos.

Negócios em Luta

A série de reportagens Negócios em Luta é uma iniciativa da EXAME para dar visibilidade ao empreendedorismo do Rio Grande do Sul num dos momentos mais desafiadores na história do estado. Cerca de 700 mil micro e pequenas empresas gaúchas foram impactadas pelas enchentes que assolam o estado desde o fim de abril do ano passado.

São negócios de todos os setores que, de um dia para o outro, viram a água das chuvas inundar projetos de uma vida inteira. As cheias atingiram 80% da atividade econômica do estado, de acordo com estimativa da Fiergs, a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul.

Neste especial, veja histórias de empresas que foram impactadas pela enchente histórica e, mais do que isso, de que forma elAs são uma força vital na reconstrução do Rio Grande do Sul daqui para frente.

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