Camilla Galvão e as cadelas Moanna e Dolce: cachorros da família protagonizam campanhas da marca (Grupo Dolce Pet/Divulgação)
Repórter
Publicado em 28 de agosto de 2025 às 06h00.
Existe um “1%” na cidade de Lauro de Freitas, Bahia. Não estamos falando de bilionários, e sim da pequena porcentagem de startups que faturam entre 4,8 milhões e 300 milhões de reais.
O Grupo Dolce Pet nasceu em 2013 para desenvolver cosméticos premium para pets e, de lá para cá, expandiu o faturamento para 42 milhões de reais anuais. Fruto do capixaba Marcelo Miranda e da baiana Camilla Galvão, a empresa foi a terceira tentativa do casal empreendedor.
Primeiro tiveram uma empresa de fabricação de produtos químicos. Depois, enquanto estudavam a regulação do mercado pet, investiram 2 milhões de reais em uma linha de cosméticos para humanos — completamente descartada depois que Miranda e Galvão receberam autorização do Ministério da Agricultura e Pecuária para desenvolver produtos para animais.
“Sempre gostamos da área, então largamos tudo para apostar nisso de vez”, diz Galvão. Além de três filhos, a dupla tem as cachorras Moanna e Dolce, que protagonizam campanhas da marca.
O diferencial da empresa está em combinar ativos brasileiros, como cupuaçu, patauá e tucumã. O portfólio inclui xampu, máscaras, leave-in, comprimidos anti-inflamatórios e, mais recentemente, uma linha de suplementos — para até o cachorro tomar whey de manhã.
Para animais saudáveis, a ideia do whey é complementar a dieta, aumentar a energia e melhorar a pelagem, mas a Dolce Pet afirma que, durante os testes, o produto foi capaz de ajudar um cão a sentir menos dor nos últimos meses de vida, cuja expectativa foi de três para nove meses.
Hoje, a Dolce está presente nas principais lojas pet e é reconhecida por todo o Brasil como um produto premium entre os groomers, profissionais de cuidado estético animal.
A expectativa é terminar o ano com aproximadamente 67 milhões de reais em faturamento. No longo prazo, a empresa planeja investir numa nova linha de produtos: a de banhos terapêuticos.