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Burocracia nos portos é obstáculo sério às exportações

A burocracia afasta os pequenos negócios do comércio exterior e não estimula o crescimento da base de exportadores


	Porto de Santos: a legislação impõe custos maiores a quem exporta menos
 (Germano Lüders / EXAME)

Porto de Santos: a legislação impõe custos maiores a quem exporta menos (Germano Lüders / EXAME)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2015 às 11h03.

São Paulo - Há cerca de 17 000 empresas que exportam no Brasil — quase 3 000 menos do que na Noruega, cuja economia é um décimo da brasileira. Por aqui, a burocracia afasta os pequenos negócios do comércio exterior e não estimula o crescimento da base de exportadores.

Um exemplo: empresas que enchem contêineres inteiros podem carregá-los em qualquer armazém e enviá-los para embarque. Se a quantidade é menor, porém, as coisas complicam. A legislação determina que um contêiner com produtos de diferentes fabricantes só pode ser enchido nos portos.

Por isso, as empresas têm de transferir separadamente as mercadorias até um armazém portuário, o que aumenta os custos com frete. Não é só isso. No porto, apenas funcionários autorizados podem acomodar os produtos no contêiner compartilhado. Custo do serviço: 3 000 dólares.

“Isso tira a competitividade dos exportadores que vendem volumes menores”, diz Roberto Ticoulat, presidente do Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras.

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