Revista Exame

Equipe do Recife assumiu projetos que eram da Índia, diz CEO da Accenture

A empresa de tecnologia foi uma das primeiras a se mudar para a capital pernambucana; hoje, é a que mais emprega na região, e já impacta fora do Brasil

Rodolfo Eschenbach, presidente da Accenture na América Latina: atuação no Nordeste começou com 300 colaboradores no Recife (Accenture/Divulgação)

Rodolfo Eschenbach, presidente da Accenture na América Latina: atuação no Nordeste começou com 300 colaboradores no Recife (Accenture/Divulgação)

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 27 de novembro de 2025 às 06h00.

Há 15 anos, o mercado sudestino estava ficando muito saturado para a Accenture.

A consultoria global de tecnologia e serviços, cujo faturamento no último ano fiscal foi de aproximadamente 350 bilhões de reais, tomou uma decisão estratégica: diversificar a operação brasileira, começando pelo Nordeste do país.

A escolha recaiu sobre Recife, onde o Porto Digital ainda “engatinhava”. Boas universidades, uma mão de obra qualificada e o potencial de uma cidade em crescimento chamaram a atenção do gigante global.

Com outros 300 colaboradores, o paulista Luis Fernando Silva foi um dos convidados a se mudar para escalar a operação no Recife.

“Virou uma fábrica de formação de talentos”, diz o diretor-executivo.

No topo do mapa

Hoje, o eixo de atuação se estendeu a Campina Grande (PB), Belém (PA) e Fortaleza (CE). São cerca de 3.000 funcionários entre o Norte e o Nordeste.

Em Belém, o escritório aberto em maio de 2023 já emprega mais de 100 pessoas. Em Fortaleza, a expansão se deu pela aquisição da Morphus, empresa de cibersegurança, marcando a primeira compra fora do Sudeste.

A equipe atual é 100% regional, formada e desenvolvida no local. “Projetos sofisticados, que antes eram enviados para a Índia, agora são feitos no Recife”, diz Rodolfo Eschenbach, presidente da Accenture para a América Latina, em palestra realizada durante o evento Rec'n'Play.

Aproximadamente 400 profissionais estão dedicados à exportação de serviços para clientes nos Estados Unidos. Para manter a competitividade global, a qualificação é o foco. Eschenbach reitera que, na área de tecnologia, o mandato é claro: “O desafio hoje é não parar de estudar nunca mais”.

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Como se destacar no mercado de IA?

O presidente da Accenture revela o que a consultoria valoriza na hora de contratar

1 - “Brilho no olho”

Qualidade na entrega e bom desempenho são essenciais, mas ser dedicado ao trabalho é um fator crucial para quem busca por uma oportunidade.

2 - Estudo contínuo

“Eu mesmo nunca deixei de estudar”, resume. Além disso, deve-se escolher a área de tecnologia que mais agrada (como SAP, Java ou .NET) e buscar ser “proficiente naquilo”.

3 - Domínio dos processos

O objetivo não é apenas dominar a tecnologia em si, e sim saber coordená-la. Para ele, o profissional do futuro é o “arquiteto de processo”, aquele que consegue aplicar novas tecnologias ao redesenhar as que já existem hoje.



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