Revista Exame

Juntos e maiores: principal hub de inovação do RS vai crescer — e educar a garotada

Mesmo atingido pela enchente, o principal hub de inovação do Rio Grande do Sul virou símbolo de resiliência e está em fase de expansão

Pedro Valério, CEO do Instituto Caldeira: ecossistema de mais de 500 empresas também foca a formação de talentos (Leandro Fonseca/Exame)

Pedro Valério, CEO do Instituto Caldeira: ecossistema de mais de 500 empresas também foca a formação de talentos (Leandro Fonseca/Exame)

Daniel Giussani
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 24 de abril de 2025 às 06h00.

A enchente de maio de 2024 transformou o principal hub de inovação do Rio Grande do Sul em um campo de batalha contra a lama. Localizado no 4o Distrito, o Instituto Caldeira viu o primeiro andar do seu prédio de três andares ficar submerso por quase um mês, impactando 69 empresas.

Segundo um levantamento do Observatório Caldeira, o prejuízo estimado entre os membros ultrapassa os 400 milhões de reais. Ainda assim, o Caldeira não parou. Com apoio de parceiros e uma resposta rápida, a operação foi retomada em tempo recorde, e já prepara expansão. Um novo espaço de 33.000 metros quadrados está em construção. “Temos um grande sonho de construir o maior distrito de inovação da América Latina”, afirma Carolina Cavalheiro, diretora do instituto.

Com 450 atividades anuais e um ecossistema de mais de 500 empresas, o Caldeira também foca a formação de talentos. Seu programa educacional, o Geração Caldeira, deve impactar 40.000 jovens em 2025. A formação é gratuita, com bolsas de até 4.000 reais e certificações de empresas como Google e Microsoft.

“Queremos que o Geração Caldeira seja mais do que uma formação técnica. Ele é uma plataforma para inserir esses jovens no mercado de trabalho da nova economia”, diz Pedro Valério, CEO do instituto. Em um estado que ainda contabiliza os estragos das últimas cheias, o Caldeira escolheu seguir de pé e olhar para a frente.

Negócios em Luta

A série de reportagens Negócios em Luta é uma iniciativa da EXAME para dar visibilidade ao empreendedorismo do Rio Grande do Sul num dos momentos mais desafiadores na história do estado. Cerca de 700 mil micro e pequenas empresas gaúchas foram impactadas pelas enchentes que assolam o estado desde o fim de abril do ano passado.

São negócios de todos os setores que, de um dia para o outro, viram a água das chuvas inundar projetos de uma vida inteira. As cheias atingiram 80% da atividade econômica do estado, de acordo com estimativa da Fiergs, a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul.

Neste especial, veja histórias de empresas que foram impactadas pela enchente histórica e, mais do que isso, de que forma elAs são uma força vital na reconstrução do Rio Grande do Sul daqui para frente.

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