Tecnologia

Agridrones planeja faturar R$ 200 milhões com avanço dos drones agrícolas

Empresa capixaba impulsiona a tecnologia no campo e aposta em inovação para transformar a produção agrícola no Brasil

Drones agrícolas: tecnologia que aumenta a produtividade e reduz o impacto ambiental no campo brasileiro. (Agridrones/Divulgação)

Drones agrícolas: tecnologia que aumenta a produtividade e reduz o impacto ambiental no campo brasileiro. (Agridrones/Divulgação)

EXAME Solutions
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Publicado em 29 de abril de 2025 às 10h00.

O uso de drones na agricultura tem revolucionado o setor ao aliar tecnologia e sustentabilidade. Com diferentes opções de utilização, essas aeronaves são capazes de mapear lavouras com precisão, aplicar defensivos, fertilizantes e sementes com maior eficiência, além de ajudar na redução do desperdício de insumos, contribuindo para o aumento da produtividade com um impacto ambiental menor.

Não à toa, esse é um mercado em expansão. De acordo com o relatório Fortune Business Insights 2023, o mercado global de drones agrícolas deve movimentar cerca de US$ 18 bilhões até 2030, representando uma taxa de crescimento anual superior a 20%. No Brasil, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), o número de drones agrícolas em operação no país deve crescer 300% até 2028, saltando dos 2,5 mil drones registrados em 2022 para cerca de 10 mil unidades.

“Hoje, o Brasil é o segundo maior mercado de drones agrícolas do mundo. Mas ainda estamos em uma fase inicial de introdução dessa tecnologia na agricultura do país, visto que menos de 7% do mercado nacional a utiliza”, explica Valdicimar Mattusoch, CEO da Agridrones.

Fundada em 2005, a Agridrones é pioneira no mercado de drones agrícolas no Brasil. Parceira oficial da DJI Agriculture — companhia chinesa sediada em Shenzhen e líder global no setor desde 2019 —, a empresa capixaba desempenha um papel fundamental no processo de popularização dos drones de pulverização no país, consolidando-se como a maior distribuidora de drones agrícolas da DJI no Brasil e nas Américas em 2022.

A conquista, segundo Valdicimar Mattusoch, reflete o avanço exponencial da empresa, que tem como objetivo levar a tecnologia às propriedades rurais para melhorar a qualidade de vida dos profissionais do campo e ajudá-los a realizar um trabalho mais produtivo e sustentável.

“Introduzir a tecnologia dos drones de pulverização no Brasil foi um trabalho desafiador, mas que realizamos com primor ao lado desde pequenos empresários até grandes grupos e cooperativas. Os resultados que a Agridrones vê, ano após ano, são frutos do desenvolvimento desse mercado no país todo. No ano passado, faturamos mais de R$ 100 milhões, e a previsão para 2025 é faturar cerca de R$ 200 milhões. Até 2027, nosso plano é ultrapassar os R$ 500 milhões em faturamento”, conta o executivo.

Para sustentar esse crescimento, a empresa está ampliando sua infraestrutura de atendimento e suporte. Uma das principais estratégias é a expansão de seus times. Atualmente, mais de 100 vagas estão abertas em diferentes áreas da empresa, incluindo tecnologia, atendimento ao cliente, logística e treinamento. A expectativa é atrair talentos que queiram fazer parte de um setor em plena transformação digital.

Eficiência para diferentes culturas

Os drones agrícolas foram projetados para trazer mais eficiência para o agricultor em todos os aspectos. Eles conseguem, por exemplo, ajudar na redução do consumo de água, além de evitarem problemas como o amassamento de grãos e plantações e a possibilidade de realizar aplicações em lugares de difícil acesso ou após períodos como chuvas intensas.

“Com os drones, o produtor tem um ganho de até 7% de produtividade com a redução do amassamento da lavoura pelos pneus dos tratores. Por isso, essa é uma tecnologia que vem revolucionando a forma de produzir diferentes culturas no Brasil, inclusive a do café, que é tão tradicional no país”, destaca Mattusoch.

Em regiões produtoras como Minas Gerais, Espírito Santo e o Sul da Bahia, os cafeicultores têm utilizado os drones para o controle de pragas e doenças, aplicação localizada de insumos, e até mesmo para monitoramento do desenvolvimento das plantas. Como resultado, a cultura de cafés especiais tem crescido no país.

A expectativa é que a cultura cafeeira tenha um papel central na expansão do uso dessa tecnologia no Brasil, consolidando-se como um polo estratégico na inovação agrícola nacional. “É uma verdadeira revolução na forma de produzir café no Brasil”, reforça o CEO da Agridrones.

Preparação profissional

A atuação da Agridrones vai além da comercialização das aeronaves. A companhia oferece suporte técnico, treinamento especializado e soluções completas para toda sua rede de revendas no Brasil, a fim de garantir que os produtores rurais maximizem suas colheitas.

Mattusoch destaca que a capacitação é um diferencial que a empresa prioriza, especialmente por saber que o sucesso da tecnologia depende também do conhecimento de quem a opera. “Atualmente, temos mais de mil alunos em treinamento e que serão certificados como pilotos, de forma gratuita. Queremos promover a inclusão dessa tecnologia em todo o Brasil. Por isso, também fazemos pesquisas com órgãos como a Embrapa, Abrapa, Universidades Federais e particulares, governos de diferentes estados e cooperativas”, completa o CEO.

Segundo o executivo, essas parcerias têm como objetivo criar uma rede colaborativa que estimule desde a operação básica dos drones até o uso avançado para pulverização, mapeamento e análise de dados agrícolas”,

Hoje, a Agridrones conta com mais de 30 grupos parceiros estratégicos, incluindo revendas de máquinas, cooperativas como a Coopavel, Cooxupé, Lar e a Nater Coop, além de uma rede de mais de 220 pontos de venda espalhados por todas as regiões do Brasil, e seis Centros de Treinamento e Distribuição nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás e Paraná.

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