Tecnologia

Apesar de protestos, usina nuclear indiana começa a operar

A usina nuclear de Kudankulam, situada no estado indiano de Tamil Nadu, começou a gerar energia

india (afp.com)

india (afp.com)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2013 às 07h03.

Após anos de atrasos, a usina nuclear de Kudankulam, situada no estado indiano de Tamil Nadu, começou a gerar energia nesta terça-feira (22) apesar da dura oposição de setores que temem a possibilidade de um acidente nuclear.

A Corporação de Energia Nuclear da Índia (NPCIL), que começou a construção da usina em 2001, anunciou através de um comunicado em seu site que a central de Kudankulam iniciou nesta madrugada a produção de energia.

O primeiro dos dois reatores da central começou gerando 160 megawatts (MW) de energia, embora espera-se que cada um deles, após diversos teste de segurança, alcance os mil megawatts, segundo a NPCIL.

"Com esses mil megawatts a produção de energia nuclear no país alcançará os 5.780 MW", de acordo com a nota, o que contribuirá para suprir o grave déficit energético que padece a Índia, segundo as autoridades locais.

Os opositores da central de Kudankulam criticam o fato da usina estar localizada em uma zona litorânea que sofreu em 2004 com o tsunami que atingiu parte Ásia, por isso poderia acontecer um acidente nuclear similar ao que ocorreu no Japão em 2011.

Os protestos foram liderados pelo Movimento Popular Contra a Energia Nuclear (PMANE), que pediu a libertação de vários ativistas detidos, novos estudos de segurança, simulações de evacuação e que a usina não inicie suas operações.

O PMANE disse por meio de um comunicado que "as autoridades nucleares indianas e russas - encarregadas de fornecer a tecnologia para a construção dos reatores - não se importam com a vida dos indianos" e só se preocupam com seus próprios "lucros".

A campanha do PMANE - que tinha conseguido paralisar durante meses o trabalho dos reatores da usina - afirmou que as companhias russas são "de pouca credibilidade" e o material de "baixa qualidade".

O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, no entanto, afirmou em dezembro que o desenvolvimento do programa energético nuclear é "um pilar chave" na relação bilateral entre a Rússia e a Índia.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaÍndiaINFOMeio ambienteUsinas nucleares

Mais de Tecnologia

Quer proteger seus dados no iPhone? Confira três dicas de segurança

China acusa EUA de realizar mais de 600 ataques cibernéticos com apoio de aliados

Meta oferece R$ 1,4 bilhão para recrutar jovem de 24 anos em guerra por superinteligência

Qual será a potência do PlayStation 6? Rumor indica a escolha feita pela Sony