Tecnologia

Após Apple e Google, Meta remove página do Facebook que ameaçava agentes da Imigração

Departamento de Justiça dos EUA interveio para eliminar grupo que promovia ataques a autoridades federais em Chicago

Publicado em 14 de outubro de 2025 às 20h15.

A Meta removeu uma página de grupo do Facebook que supostamente era usada para praticar doxing e atacar agentes do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) em Chicago. A ação ocorreu após contato do Departamento de Justiça dos EUA (DOJ). Doxing é a prática de coletar e divulgar informações pessoais de alguém sem consentimento, como endereço, telefone ou dados privados, geralmente para intimidar, ameaçar ou causar danos à pessoa alvo.

O anúncio da remoção foi feito pela procuradora-geral Pam Bondi em publicação no X nesta terça-feira, 14. "A onda de violência contra o ICE tem sido impulsionada por aplicativos online e campanhas nas redes sociais criadas para colocar os agentes do ICE em risco apenas por fazerem seu trabalho", escreveu ela e acrescentou que o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) continuará a trabalhar com empresas de tecnologia para eliminar plataformas onde radicais possam incitar violência contra autoridades federais.

Segundo a CNBC, um porta-voz da Meta confirmou a remoção, citando violação das políticas contra danos coordenados e promoção de crimes, mas não detalhou o tamanho do grupo nem os critérios específicos da ação.

Medidas de tecnologia contra aplicativos e plataformas de risco

A ação da Meta segue movimentos de outras empresas de tecnologia. Recentemente, a Apple retirou o aplicativo ICEBlock após pressão de Bondi, que afirmou que o app “colocava agentes do ICE em risco apenas por fazerem seu trabalho”.

A Apple justificou a remoção com base em informações fornecidas por autoridades policiais sobre riscos de segurança.

O Google, embora não tenha sido contatado pelo DOJ, também removeu aplicativos semelhantes, citando violações de suas políticas.

O criador do ICEBlock, Joshua Aaron, criticou as decisões em entrevista à CNBC, comparando seu aplicativo ao Waze, que permite a usuários alertar sobre a presença de policiais.

Ele afirmou que tais remoções atentam contra direitos constitucionais fundamentais e refletem uma capitulação da administração às solicitações do governo.

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