Issy-les-Moulineaux, France - February 6, 2023: Facade of the French headquarters of Microsoft, an American multinational company that develops, manufactures, licenses and markets computer software (Getty Images)
Redatora
Publicado em 12 de setembro de 2025 às 05h40.
O CEO da Microsoft, Satya Nadella, afirmou que a empresa precisa melhorar a relação com os funcionários após diversas rodadas de demissões e a imposição de um retorno parcial ao trabalho presencial.
Em uma reunião online na quinta-feira, 11, Nadella respondeu a questionamentos sobre a percepção de falta de empatia na cultura corporativa. “Acho que podemos fazer melhor e faremos melhor”, disse, reconhecendo que o feedback dos funcionários serve para a liderança ajustar práticas internas.
Nos últimos meses, a Microsoft cortou 9 mil empregos, além de outras demissões em menor escala. A empresa anunciou que funcionários próximos à sede em Redmond, Washington, devem comparecer ao escritório três dias por semana a partir de fevereiro, com aumento gradual para outras unidades.
Amy Coleman, diretora de recursos humanos, relatou que a recepção ao retorno parcial foi mista, com alguns trabalhadores preocupados com a perda de autonomia. A média de presença em Seattle atualmente é de 2 a 4 dias por semana.
A Microsoft adotou o trabalho totalmente remoto durante a pandemia e usou amplamente o Teams para comunicação interna. A empresa foi mais lenta que concorrentes, como a Amazon, que retornou cinco dias por semana desde janeiro.
Apesar das críticas internas, as bolsas dos EUA acompanharam positivamente o desempenho da Microsoft. As ações subiram quase 20% em neste ano, elevando o valor de mercado da empresa para US$ 3,7 trilhões, atrás apenas da Nvidia.
Em julho, a companhia registrou aumento de 24% no lucro líquido, atingindo US$ 27 bilhões. A margem bruta caiu para 69%, comparada a 71% no final de 2023. O crescimento do Azure foi de 39% no último trimestre, enquanto receitas de Windows e dispositivos avançaram apenas 2,5%.
Nadella destacou que novos funcionários e estagiários sentem falta de aprendizado presencial e mentoria, e que a empresa precisa se preparar para mudanças estruturais diante da expansão da inteligência artificial. “Temos um trabalho muito, muito árduo pela frente”, afirmou.