São Paulo -- Parece que as pessoas estão perdendo, aos poucos, o interesse pela nova rede social do Google. No último dia 11, Paul Allen, especialista em análise de estatísticas e fundador da Ancestry.com, afirmou que o Google+ chegaria à marca de 20 milhões de usuários até o começo desta semana – previsão que quase chegou a se concretizar, não fosse a queda de 50% no número diário de cadastros no serviço.

Até o final desta quarta-feira, o especialista acredita que a rede chegará aos 18 milhões de usuários – que ainda é um número bem significativo para um projeto que tem pouco mais de três semanas de vida. “Na última semana, nós notamos dias em que mais de 2 milhões de pessoas se cadastraram na rede”, disse Allen. “Mas nos últimos quatro dias, o número caiu para uma média de 950.000. Nesta terça, entraram apenas 763.000 pessoas”, concluiu.

Allen utilizou a ferramenta Google Trends para analisar a queda de interesse na rede, uma vez que o próprio Google evita comentar os números. A análise, baseada em dados de tópicos mais populares da semana, mostra que o assunto perdeu popularidade entre as discussões na rede. O panorama pode mudar quando a companhia começar a fazer anúncios em seus serviços mais populares, como o YouTube, por exemplo.

Até o momento, toda a estratégia de marketing da companhia foi baseada na viralização do produto – um processo que tende a chamar a atenção de usuários a partir da reação de seus contatos que já utilizam a rede. Para auxiliar o processo, o Google fez uso de convites para forçar um ar de exclusividade, o que costuma atrair mais a atenção dos curiosos. Atualmente, o Google+ está em fase de testes, o que justifica a cautela da empresa em não divulgar agressivamente sua rede, considerada como a principal concorrente do Facebook.