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Apresentado por VIASOFT

Conheça o CEO brasileiro que treinou uma IA para substituí-lo

Fábio Scabeni, da VIASOFT, treinou uma inteligência artificial que funciona como um “segundo cérebro” e a ferramenta promete redefinir o jeito de fazer gestão empresarial

Fábio Scabeni, CEO do Grupo VIASOFT: experiência pessoal levo a um projeto de legado (VIASOFT/Divulgação)

Fábio Scabeni, CEO do Grupo VIASOFT: experiência pessoal levo a um projeto de legado (VIASOFT/Divulgação)

EXAME Solutions
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Publicado em 22 de setembro de 2025 às 17h53.

Última atualização em 23 de setembro de 2025 às 17h52.

CEO do Grupo VIASOFT, Fábio Scabeni passou por uma situação complicada em 2023. “Recebi exames de saúde que levantaram a suspeita de um tumor semelhante ao que havia levado o meu primo meses antes. Tive a sensação de que os meus dias estavam contados”, diz. A reação do executivo, no entanto, foi bastante pragmática: ele resolveu treinar uma inteligência artificial para pensar como ele. Uma espécie de "segundo cérebro" que pudesse servir de mentor para a filha pequena e, quem sabe, para a empresa.

"Sempre fui do tipo que gosta de planejar tudo, até mesmo o que não está sob o meu controle", afirma. A ideia deu início a uma jornada de inovação e um projeto de legado. Novos exames, no entanto, descartaram a suspeita inicial: não se tratava de um tumor, mas sim de sintomas relacionados a uma epilepsia até então não diagnosticada. “O projeto de um ‘segundo cérebro’ na IA continuou e ganhou um novo propósito. Entendi que a ferramenta, concebida para preservar o meu legado, era uma poderosa aliada para preservar o meu recurso mais valioso: a energia mental”, diz.

O executivo explica que ao delegar tarefas cognitivas e automatizar análises, ele poderia manter sua eficiência como líder, mas com mais tempo e atenção para o que realmente importa. “Isso me levou a sistematizar toda essa jornada em um método, detalhado no meu livro recém-publicado, Entre a vida e a inteligência artificial, que ensina outros profissionais e empresas a trilhar o mesmo caminho”, conta.

Oráculo corporativo

Para Scabeni, a experiência abriu uma nova ideia. “Se a IA pode ser uma extensão da minha própria mente, ela também pode ser a extensão dos demais líderes da empresa.” Esse é o conceito dos copilotos de gestão com IA da VIASOFT, uma espécie de sentinela digital que monitora 24 horas por dia os sinais, muitas vezes não óbvios e complexos, do negócio, cruzando um volume de dados que seria impossível para um ser humano.

O CEO começou a implementar os copilotos para ajudar as lideranças de diferentes áreas dentro da VIASOFT. O resultado foi tão positivo que a decisão de levar a solução ao mercado foi um passo natural. Assim foi criado o VIAHELPER, uma plataforma de IA que permite às empresas desenvolverem seus próprios copilotos de gestão, especializados para diferentes setores econômicos e áreas funcionais.

O fim da gestão reativa

Segundo Scabeni, o diferencial do VIAHELPER está em resolver dores da gestão moderna. “Gestores competentes sabem que o maior desafio não está em encontrar respostas para as perguntas que já fazem. Para isso, bastam relatórios e BI”, explica o CEO. “A grande dor de cabeça são as perguntas que eles não estão fazendo. Só descobrem que deveriam tê-las feito quando o mercado responde com queda de margem ou perda de vantagem competitiva. É como levar uma bala nas costas por não enxergar o inimigo se aproximando.”

É nesse ponto que a solução da VIASOFT atua. Scabeni diz que a ferramenta não é passiva no aguardo de um comando. “Ela funciona como um verdadeiro copiloto de gestão, uma sentinela que questiona: ‘O que pode dar errado nesta operação?’. Monitorando em tempo real os dados e os movimentos dentro do ERP da empresa, o copiloto identifica riscos e anomalias que passariam despercebidos a um olhar humano”, explica.

Quando um risco é detectado, a plataforma avisa imediatamente o gestor, e o conscientiza sobre as consequências de não tomar uma decisão. Em seguida, propõe três caminhos possíveis, detalhando os prós e os contras de cada um. Ao gestor, resta decidir qual ação será tomada.

Para o executivo, essa abordagem redefine fundamentalmente o papel do líder. “O gestor passa a dedicar sua energia mental, tempo e atenção de qualidade a fazer estratégia de verdade. Se antes os líderes gastavam horas garimpando informações e validando opiniões para tomar uma decisão, agora eles recebem o cenário completo e mastigado”, argumenta.

Ao delegar a análise massiva de dados para uma IA com poder de memória e processamento humanamente impossíveis, o VIAHELPER devolve ao gestor a capacidade de decidir com base na razão, transformando-o de um analista do passado em um arquiteto do futuro.

Gestão do futuro

A ferramenta desenvolvida pela VIASOFT sob a liderança de Scabeni já ultrapassou as paredes da empresa. Os primeiros testes com os copilotos de gestão começaram no primeiro trimestre de 2025 com clientes da companhia. A fase piloto não só validou a ferramenta, como permitiu à VIASOFT analisar o comportamento dos gestores e refinar a plataforma para maximizar a conveniência e a geração de insights.

Para Scabeni, o futuro da gestão não será sobre ter mais dados, mas sobre ter mais sabedoria para agir. "Os líderes serão demandados de coragem e responsabilidade moral sobre os alertas que os copilotos exibirão e que dependem de uma tomada de decisão rápida. A IA pode ampliar as capacidades de tomada de decisão de um gestor, mas a responsabilidade moral e ética das decisões será sempre humana”, finaliza.

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