Agência
Publicado em 18 de setembro de 2025 às 15h55.
Última atualização em 18 de setembro de 2025 às 16h07.
A China possui a maior rede 5G do mundo, com mais de 4,4 milhões de estações-base em 2025, de acordo com o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação (MIIT).
O país está avançando rapidamente para a próxima geração, o 5G-Advanced (5G-A), também conhecido como 5.5G, que serve como uma transição para o 6G.
As três principais operadoras chinesas, China Mobile, China Telecom e China Unicom, planejam ativar o 5G-A em mais de 300 cidades ainda neste ano, com metas de expansão para todo o território até 2027.
A Groupe Speciale Mobile Association (GSMA) prevê que, até 2030, o 5G será responsável por 57% de todas as conexões móveis globais, com a infraestrutura da China se tornando a base para a digitalização industrial global. O 5G-A promete aumentar a velocidade de conexão até dez vezes em relação ao 5G atual e garantir maior estabilidade na rede. Além disso, abrirá portas para aplicações mais avançadas, como carros autônomos em larga escala, cirurgias remotas seguras e fábricas inteligentes com comunicação em tempo real entre máquinas.
Para o governo chinês, o 5G-A não é apenas uma atualização tecnológica, mas parte de uma estratégia nacional para manter sua liderança no setor de telecomunicações e preparar o caminho para o 6G, previsto para ser lançado por volta de 2030.
A tecnologia 5G-A integra funções de sensoriamento nas antenas, transformando a rede em um sistema de radar distribuído. Isso permitirá aplicações inovadoras em áreas como drones e no controle do tráfego aéreo de baixa altitude, além de possibilitar a criação de cidades inteligentes mais conectadas e a expansão de veículos autônomos em rotas específicas.
Enquanto o 4G popularizou os smartphones e o 5G trouxe uma internet móvel mais rápida e estável, o 5G-Advanced representa um avanço significativo. Ele começa a funcionar como o “sistema nervoso” da economia, conectando fábricas, hospitais, portos e até cidades inteiras em tempo real. A tecnologia 5G-A vai além de uma simples rede de comunicação, tornando-se a infraestrutura vital para o funcionamento do país, ligando setores produtivos, saúde, logística e outros serviços essenciais.
A estratégia da China é posicionar o 5G-A não como uma atualização tecnológica simples, mas como um componente central de um plano nacional de modernização, que está intimamente ligado ao uso de inteligência artificial. O governo chinês trata a conectividade avançada como parte de sua "nova infraestrutura", colocando-a no mesmo patamar de importância de trens de alta velocidade e usinas de energia.
Enquanto outros países ainda discutem questões de segurança cibernética e custos de implantação, a China aposta em transformar o 5G-A em um produto de exportação.
O país visa levar seu modelo completo de modernização digital para parceiros em várias regiões, incluindo Ásia, África e América Latina, oferecendo uma solução de infraestrutura digital de ponta.