Tecnologia

Cisco cria serviço de localização indoor

Solução, construída em parceria com a Qualcomm, será disponibilizada para desenvolvedores do mundo inteiro no fim do ano

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2013 às 10h36.

Las Vegas - Aproveitando a tendência cada vez maior de disponibilizar hotspots Wi-Fi em lugares públicos, a Cisco e a Qualcomm estabeleceram uma parceria para promover serviços de localização indoor, funcionando da mesma forma como o serviço de posicionamento global de satélites (GPS).

O serviço será disponibilizado a desenvolvedores de aplicativos para aproveitarem as oportunidades da nova função. As empresas anunciaram a nova tecnologia durante a conferência Interop, realizada em Las Vegas, nos Estados Unidos, nesta semana.

De acordo com o executivo da Cisco Bob Friday, a nova tecnologia surge de uma aquisição de uma empresa de localização e análise de dados em setembro. As companhias fizeram uma demonstração no prédio da MGM em Las Vegas com ajuda da Samsung com seu smartphone Galaxy Express.

"A demonstração é sobre como a rede trabalha com os chipsets Snapdragon da Qualcomm e como podemos entregar uma assistência de rede em uma experiência móvel, ou seja, a mesma experiência do GPS, mas indoor", explicou ele com exclusividade para este noticiário.

O serviço utiliza triangulação com os hotspots Wi-Fi, atualizando a posição do device na rede a cada segundo. Segundo o executivo, isso causa impacto mínimo na rede, pois o tráfego utilizado para a localização seria pequeno. Além disso, a companhia oferece um aplicativo que funciona de forma contextual, avisando sobre os estabelecimentos comerciais próximos ao usuário. E a ideia também é abrir a tecnologia para a utilização em outros aplicativos. 


"A visão em longo prazo é de deixar isso disponível para a indústria para que qualquer desenvolvedor de aplicativo possa utilizar essa capacidade indoor", declara. A solução estará disponível até o final do ano no mundo inteiro, ainda de acordo com o executivo da Cisco.

Solução para interferência

Na previsão do relatório Cisco VNI, mais da metade do tráfego em smartphones e tablets em 2016 será feito por redes wireless fixas. Assim, o serviço de Wi-Fi também é uma das armas da empresa para ajudar a solucionar o problema de falta de espectro, realizando o offload da rede móvel de maneira seamless, isto é, transparente e suave, sem que o usuário precise autenticar ou se registrar em algum site.

"Hoje em dia as pessoas não ligam para o Wi-Fi, elas ligam para a conexão à Internet", dizFriday. Ele diz que ha um interesse global sobre o assunto, inclusive na América do Sul. "O Wi-Fi tem se tornado uma parte importante, pois haverá uma combinação de espectro licenciado e não-licenciado", diz, embora não saiba informar se há alguma conversa com operadoras brasileiras. A Claro lançou recentemente um serviço do tipo para seus hotspots com aparelhos iOS (iPhone, iPad e iPod touch).

Privacidade

A companhia também aposta no que chama de Billboard Experience, na qual coloca uma marca d'água, um ícone, no navegador do device enquanto o usuário está acessando a rede. "Isso reduz a fricção (na tela), queremos deixar esse device mais útil", afirma Friday. Na visão da Cisco, a ideia é não exigir muita digitação na tela do aparelho, permitindo interações com apenas o dedo polegar. "É o mesmo conceito de quando a pessoa está surfando na Internet e tem aquela experiência de dois cliques para acesso fácil a serviços." A ferramenta utiliza HTML5 e se conecta à nuvem da companhia, com uma camada de serviços por trás, mandando mensagens baseadas em contexto ao usuário. Segundo Friday, o serviço é totalmente opcional – caso não queira, o consumidor pode evitar.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasempresas-de-tecnologiaIndústria eletroeletrônicaCiscoGPS

Mais de Tecnologia

GTA e Fortnite viram ferramentas para ensinar direitos de imigrantes nos EUA

50 mil pacotes por hora: como a Jadlog arma sua operação na Black Friday

Brasil tem potencial para criar 760 mil empregos em bioenergia até 2030, indica estudo

Em alguns países, engenheiros de IA já recebem bônus maiores que banqueiros