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Com receio das tarifas de Trump, Apple antecipa envio de iPhones da China para os EUA

Medida visa evitar taxação sobre produtos chineses e prevenir aumento no custo dos iPhones

Raphaela Seixas
Raphaela Seixas

Estagiária de jornalismo

Publicado em 8 de abril de 2025 às 14h46.

As novas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump nas últimas semanas afetaram diretamente as ações da Apple, que chegou a perder cerca de R$1,6 trilhão em valor de mercado. O mau humor do mercado é com o tarifaço que pode fazer com que o preço do iPhone possa subir até 43%.

Com o risco de taxação nos eletrônicos, a empresa decidiu antecipar o embarque de seus produtos da Índia e China para os EUA nesta terça-feira, 8. Ainda não se sabe ao certo o número de celulares enviados, mas o avião contratado, tem capacidade para mais de 100 toneladas de mercadorias.

As tarifas, que incluem uma taxa de 34% sobre produtos chineses, podem aumentar significativamente os custos de importação para a Apple, que tem a China como um dos principais centros de fabricação. Além disso, o presidente americano anunciou durante esta semana que poderá colocar uma taxa adicional de 50% aos chineses.

No entanto, o impacto global das tarifas pode ser inevitável, levando a aumentos nos preços em outros mercados, como no Brasil, onde o custo já é elevado devido aos impostos locais e taxas de importação.

Apple pode expandir produção para novos mercados

A Apple está considerando alternativas de produção em países com tarifas mais baixas para reduzir custos e preservar sua competitividade, focando em locais como a Índia e até o Brasil, como o noticiado com exclusividade pela EXAME. Essa estratégia visa mitigar os efeitos das tarifas impostas pelo governo dos EUA e manter a competitividade dos produtos da Apple no mercado global.

A empresa enfrenta um dilema significativo: absorver os custos adicionais, o que reduziria sua margem de lucro, ou repassá-los aos consumidores. As tarifas sobre iPhones e outros dispositivos importados da China aumentarão os custos anuais da Apple em US$ 8,5 bilhões, caso não haja alívio por parte do governo Trump.

Isso poderia reduzir os lucros da empresa no próximo ano em cerca de 7%. Portanto, a diversificação da produção em países com tarifas mais baixas, como o Brasil, com uma tarifa de apenas 10%, se torna uma opção atraente para a Apple, permitindo que ela mantenha sua posição no mercado sem comprometer significativamente sua rentabilidade.

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