Tendências fitness: bolsas oversized, smartwatches e outros acessórios ganham espaço fora das academias por praticidade (milorad kravic/Getty Images)
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Publicado em 3 de novembro de 2025 às 17h47.
Métodos para aprimorar o bem-estar e o emagrecimento são buscados diariamente por quem deseja mais saúde e longevidade. Entre técnicas como banhos de gelo e uso de suplementos, o treino por frequência cardíaca tem ganhado destaque por usar o próprio ritmo do coração para impulsionar a queima de gordura e melhorar o desempenho físico.
É de conhecimento geral que quanto maior o esforço durante os exercícios, maior tende a ser o gasto calórico. O treino por frequência cardíaca parte justamente dessa lógica: utiliza as batidas por minuto (BPM) do coração para definir a intensidade ideal de cada sessão. O monitoramento deve ser feito por tempo determinado e acompanhado de dispositivos como smartwatches, que ajudam a manter os níveis dentro da margem segura do ritmo cardíaco.
Os exercícios físicos — especialmente os cardiovasculares, como corrida, ciclismo e elíptico — são classificados conforme a intensidade do esforço. Segundo a Universidade Federal de Pernambuco, eles podem ser leves (20% a 50% da frequência cardíaca máxima, FCmáx), moderados (50% a 75%) ou de alta intensidade (acima de 80%).
Com base nessas faixas, surgem as chamadas zonas de frequência cardíaca, que indicam diferentes níveis de esforço. De acordo com a Colorado State University, elas são divididas em:
O treino deve ser adaptado ao objetivo de cada pessoa. Especialistas indicam as zonas 1 e 2 para a queima de gordura, enquanto as zonas 4 e 5 são mais eficazes para melhorar o condicionamento físico e aumentar o gasto calórico total.
Antes de começar, é essencial conhecer a própria frequência cardíaca máxima (FCmáx). O cálculo mais usado é simples: 220 menos a idade atual.
Por exemplo, uma mulher de 35 anos teria uma FCmáx estimada em 185 batimentos por minuto. Para identificar sua zona de treino, basta multiplicar esse número pelo percentual correspondente. Na zona 3 (75%), o valor médio seria de 139 BPM.
A Colorado State University sugere os seguintes valores de referência:
| Idade | Zona alvo (50–85%) | FCmáx (100%) |
| 20 anos | 100–170 bpm | 200 bpm |
| 30 anos | 95–162 bpm | 190 bpm |
| 35 anos | 93–157 bpm | 185 bpm |
| 40 anos | 90–153 bpm | 180 bpm |
| 45 anos | 88–149 bpm | 175 bpm |
| 50 anos | 85–145 bpm | 170 bpm |
| 55 anos | 83–140 bpm | 165 bpm |
| 60 anos | 80–136 bpm | 160 bpm |
| 65 anos | 78–132 bpm | 155 bpm |
| 70 anos | 75–128 bpm | 150 bpm |
A tabela apresenta médias gerais. Para personalizar o treino, o ideal é realizar uma avaliação física e determinar o próprio ritmo máximo de forma precisa.
Os monitores cardíacos — ou frequencímetros — variam de R$ 285 a mais de R$ 3 mil, dependendo da tecnologia empregada. Os smartwatches são as opções mais práticas e acessíveis: além de acompanhar o ritmo cardíaco, registram calorias queimadas, tempo de treino e outros dados de desempenho. Modelos básicos podem ser encontrados a partir de R$ 220.
O treino por frequência cardíaca se popularizou por permitir controle preciso da intensidade, ajudando na perda de peso, melhora da resistência e redução da pressão arterial, além de auxiliar no controle do diabetes. Ainda assim, antes de começar, é essencial verificar se não há riscos cardiovasculares que possam ser agravados pelo aumento do ritmo do coração.
Pessoas sedentárias também devem começar com cautela, evoluindo gradualmente entre as zonas. Uma avaliação médica é indispensável para garantir segurança e aproveitar todos os benefícios da técnica.