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Depois de dois anos, vendas de iPhones na China voltam a crescer e sobem 8% no segundo semestre

Desempenho foi impulsionado por reajuste nos preços de troca e promoções realizadas em maio por e-commerces chineses, que ofereceram descontos nos novos modelos de iPhone 16

Apesar do crescimento, Apple ficou com a terceira maior alta no segundo trimestre, atrás de Huawei e Jovi (CFOTO/Future Publishing via /Getty Images)

Apesar do crescimento, Apple ficou com a terceira maior alta no segundo trimestre, atrás de Huawei e Jovi (CFOTO/Future Publishing via /Getty Images)

Publicado em 4 de julho de 2025 às 10h24.

Com queda nas vendas de iPhones na China e crescimento da concorrência de Huawei e Xiaomi, a Apple tomou medidas para resguardar sua participação em um mercado considerado estratégico e impulsionar as vendas. Após retração de 8% no primeiro trimestre, a empresa fez, por exemplo, um ajuste no programa de troca de iPhones no final de maio, que começou começou a mostrar resultados.

De acordo com dados da Counterpoint Research, a Apple cresceu os mesmos 8% perdidos no primeiro trimestre ao longo do segundo, que se encerrou no final de junho. Esse aumento representa o primeiro crescimento nas vendas em dois anos e é um alívio para a empresa, que enfrenta desafios significativos em um de seus mercados mais críticos.

Além do reajuste nos preços de troca, que foi pequeno, mas estratégico, o desempenho positivo foi impulsionado por promoções realizadas em maio por e-commerces chineses, que ofereceram descontos nos novos modelos de iPhone 16.

Ethan Qi, diretor associado da Counterpoint, avalia que a Apple acertou no timing do ajuste de preços, o qual foi bem recebido, especialmente por acontecer uma semana antes do Festival de Compras 618, evento anual que oferece grandes descontos nas plataformas de e-commerce na China.

Qual o futuro da Apple na China?

Esse retorno ao crescimento na China é uma boa notícia para os investidores, que viram as ações da Apple caírem cerca de 15% neste ano, em meio a dificuldades econômicas e políticas. A empresa está na mira de Donald Trump, que pediu a fabricação de iPhones nos EUA, o que poderia triplicar os preços e é considerado quase impossível por especialistas.

Para contornar esse desafio, a Apple, em parceria com a Foxconn, empresa taiwanesa que é a principal montadora de iPhones do mundo, tem redirecionado a exportação de dispositivos para os EUA. Até maio de 2025, dos US$ 3,2 bilhões em smartphones exportados pela montadora da Índia, 97% foram destinados ao mercado norte-americano.

No mercado chinês, a competição com Huawei, que voltou com força com novos smartphones e chips mais avançados, e Xiaomi, com o smartphone fabricado com chip interno 15S Pro, continua sendo uma preocupação para a Apple.

Apesar do crescimento de 8%, a Apple ficou com a terceira maior alta no segundo trimestre, atrás da Huawei, que liderou com 12%. Entre elas, está a Vivo, que chegou ao Brasil no começo de junho, operando sob o nome Jovi para evitar conflitos com a operadora de telefonia.

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