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Economista que cunhou o termo “Sete Magníficas” alerta para risco de queda nas big techs

Michael Hartnett, do BofA, recomenda que investidores busquem ações mais baratas no exterior

Ramana Rech
Ramana Rech

Redatora

Publicado em 10 de fevereiro de 2025 às 17h13.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2025 às 17h13.

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O economista Michael Hartnett, estrategista-chefe de investimentos do Bank of America (BofA) Global Research, alertou que as principais empresas de tecnologia negociadas na bolsa de valores dos Estados Unidos podem deixar de ser tão vantajosas para investidores. Ele recomenda a compra de ações internacionais mais baratas.

Hartnett afirmou que essas companhias devem se tornar, neste ano, as "Lagnificent 7", um neologismo que combina magnificent, que significa magnífico, com lag, que remete a atraso — sugerindo que os papéis dessas empresas ficarão para trás.

“O excepcionalismo dos EUA agora é excepcionalmente caro e excepcionalmente bem controlado”, escreveu o estrategista. Ele avalia que o apoio fiscal e a imigração ajudaram na valorização das empresas, mas que os investimentos em inteligência artificial (IA) devem atingir um pico em 2024.

Hartnett está entre os poucos especialistas que indicam precaução para ações negociadas nas bolsas dos Estados Unidos neste ano. A maioria dos estrategistas de Wall Street espera que as ações de Nvidia, Apple, Amazon, Alphabet, Microsoft e Meta continuem a se valorizar.

No mês passado, ações de grandes empresas de tecnologia listadas na Nasdaq caíram após o sucesso inicial do chatbot da startup chinesa DeepSeek, que produziu IA de ponta com menos recursos. A ascensão da empresa gerou preocupações entre investidores sobre uma possível perda da liderança dos Estados Unidos no setor.

Ao mesmo tempo, o índice europeu Stoxx 600, que não depende tanto de ações de tecnologia, está superando o índice de referência dos EUA após um de seus piores anos relativos em 2024.

Alternativa nos bancos europeus e japoneses

Por outro lado, Hartnett se mostra otimista em relação a bancos da Europa e do Japão, que, segundo ele, estão com preços mais atrativos para investidores.

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