Apple enviou 46,4 milhões de iPhones mundialmente no segundo trimestre de 2025 (Shubhashish5/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 15 de julho de 2025 às 11h57.
Assim como tem reorganizando sua cadeia produtiva e aumentado a exportação de iPhones para os EUA a partir da Índia, a Apple conseguiu registrar um leve crescimento nas remessas globais de smartphones no segundo trimestre, compensando a queda na demanda chinesa com crescimento em outras regiões.
Os números preliminares do Worldwide Quarterly Mobile Phone Tracker, da IDC (International Data Corporation), mostram que a Apple enviou 46,4 milhões de iPhones mundialmente no segundo trimestre. Isso representa um aumento de 1,5% em relação aos 45,7 milhões de unidades do mesmo período de 2024.
Na China, entretanto, as remessas da Apple caíram 1% no trimestre, mas essa queda foi compensada por um crescimento de dois dígitos nos mercados emergentes. Segundo analistas da IDC, os subsídios locais não conseguiram impulsionar a demanda por novos smartphones, tendo sido o grande evento de e-commerce 618 mais eficaz na liquidação de estoques antigos. Nele, a Apple manteve-se como a marca mais vendida, o que contribuiu para o crescimento de 8% nas vendas de iPhones na China no segundo trimestre deste ano, o primeiro aumento em dois anos.
Apesar desses desafios, a Apple tem conseguido reverter a queda na demanda no mercado chinês por meio da venda de smartphones premium em regiões com classes médias em expansão e mais compradores de primeira viagem.
Em comparação com o ano passado, o mercado global de smartphones cresceu 1%, atingindo um total de 295,2 milhões de unidades enviadas. A sul-coreana Samsung lidera com 58 milhões de remessas, um aumento de 7,9% em relação ao ano anterior. As vendas foram impulsionadas pelos novos modelos Galaxy A36 e A56, que trouxeram recursos de inteligência artificial para dispositivos de médio porte mais acessíveis.
Depois da Apple, em terceiro lugar, a Xiaomi enviou 42,5 milhões de unidades, registrando crescimento anual de apenas 0,6%, enquanto a também chinesa Vivo (Jovi, no Brasil) foi a quarta, mas com expansão de 4,8%. Em quinto, a conterrânea Transsion teve retração de 1,7%, enquanto outras marcas encolheram 3,1%.
Analistas da IDC destacaram que as fabricantes estão aumentando os preços e adicionando recursos de IA em smartphones mais baratos para compensar as vendas mais lentas, focando especialmente nos segmentos mais sensíveis ao preço.