Tecnologia

Governo ameaça teles por atrasos no plano de banda larga

Secretário critica empresas por entrarem na justiça contra o plano e avisa que elas poderão ser responsabilizadas financeiramente por atrasos

Cezar Alvarez, presidente do conselho de administração da Telebrás (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Cezar Alvarez, presidente do conselho de administração da Telebrás (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2010 às 16h27.

Brasília - O governo deverá recorrer das ações movidas pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) contra o Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU 3) e a participação da Telebras no Plano Nacional de Banda Larga.

Segundo o secretário especial da Presidência da República e presidente do Conselho de Administração da Telebras, Cezar Alvarez, as concessionárias serão responsabilizadas pelos possíveis prejuízos à população decorrentes da “judicialização” dessas questões.

“[As concessionárias] serão responsabilizadas pelo prejuízo que trouxeram ao povo brasileiro no sentido de continuar atrasando a chegada da banda larga boa e barata na casa de todos. Nessa disputa judicial que eles estão travando conosco, o prejuízo será monetarizado e eles [os concessionários] serão responsabilizados por isso”, afirmou Alvarez à Agência Brasil. Segundo ele, o governo está aberto à negociação, mas as ações judiciais devem ser retiradas.

Ontem (9), o SindiTelebrasil, que representa 29 empresas de telefonia fixa e móvel, divulgou que entrou na Justiça Federal no Rio de Janeiro para que a Telebras não seja a única operadora do PNBL. Segundo a entidade, a escolha da Telebras como operadora única é anticompetitiva e fere o princípio da igualdade de tratamento aos agentes do mercado.

O sindicato também entrou com uma ação na 30ª Vara da Justiça Federal no Rio de Janeiro pedindo a anulação do PGMU 3 que, segundo a entidade, estaria em desacordo com os contratos de concessão e com a Lei Geral de Telecomunicações (LGT).

O PGMU 3 estabelece metas de universalização dos serviços às concessionárias de telefonia fixa para o período de 2011 a 2015 e tem como objetivo aumentar progressivamente a oferta de telefones individuais e coletivos para ampliar o acesso da população.

“O plano é um avanço tremendo, tem elementos de cidadania, e nós estranhamos essa judicialização de um tema em construção”, disse Alvarez.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasInternetTelecomunicaçõesTecnologia da informaçãoJustiçaTelebrasInclusão digitalBanda larga

Mais de Tecnologia

'Roblox é propício para predadores sexuais', diz procuradora; ação da empresa subiu 74% no ano

SpaceX, de Elon Musk, planeja novo teste com maior e mais poderoso foguete; saiba quando é

Supercomputador para IA da Nvidia será instalado no Rio de Janeiro

China cria visto para atrair jovens talentos em ciência e tecnologia