A OpenAI, em parceria com a Nvidia, está construindo data centers gigantescos, que podem consumir uma quantidade de energia equivalente ao que países inteiros, como a Suíça e Portugal, usam durante picos de consumo, de acordo com Chien.
Segundo ele, por muitos anos, a computação era uma das menores fontes de consumo de energia em nossa economia. No entanto, com o avanço das tecnologias de IA, o quadro está mudando rapidamente. Chien alerta que, até 2030, a IA poderá ser responsável por até 12% da energia consumida globalmente.
O Texas, onde um dos projetos da OpenAI foi recentemente iniciado, opera com uma capacidade de cerca de 80 gigawatts. De acordo com Chien, o consumo dos novos data centers pode representar até 20% da capacidade total da rede do estado, que abastece não apenas indústrias e residências, mas também grandes refinarias e fábricas.
A energia nuclear como alternativa
Em um esforço para atender a essa demanda crescente, Altman tem se mostrado um forte defensor da energia nuclear, apontando a fissão e a fusão nuclear como as únicas fontes capazes de fornecer a quantidade constante e concentrada de energia necessária para alimentar os data centers de IA.
Mas especialistas como Chien e Fengqi You, professor de engenharia de sistemas energéticos da Universidade Cornell, disseram à Fortune que, embora a energia nuclear tenha um papel no futuro, ela não é uma solução rápida.
"A quantidade de energia nuclear que poderia ser adicionada à rede até 2030 é muito pequena em comparação com a demanda que os data centers de IA exigem", disse Chien. Segundo ele, no curto prazo, fontes como energia solar, eólica e gás natural serão essenciais.
Impactos ambientais
Além das questões energéticas, os impactos ambientais dos data centers também são altos.