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Irã impõe apagão de internet em resposta a ataques; rede Starlink vira alternativa no país

Mesmo sendo proibida de operar no país, estima-se que entre 30 mil e 40 mil terminais Starlink estejam em funcionamento no Irã

Starlink é líder global em internet via satélite e atende mais de 5 milhões de clientes em 125 países (Odd Andersen/AFP)

Starlink é líder global em internet via satélite e atende mais de 5 milhões de clientes em 125 países (Odd Andersen/AFP)

Publicado em 18 de junho de 2025 às 09h47.

Nesta terça-feira, 17, o Irã cortou o acesso à quase toda a internet no país, enquanto Israel continuava a bombardeá-lo. A medida dificulta o compartilhamento de informações com o resto do mundo em meio ao aprofundamento do conflito. Segundo os governos dos dois países, os ataques já resultaram em 224 mortes do lado iraniano, enquanto 24 israelenses foram vitimados.

Empresas especializadas no rastreamento da conectividade global, como Kentinc e NetBlocks, relataram que a conectividade do país caiu drasticamente por volta das 17h30 (11h30 no horário de Brasília). Fatemeh Mohajerani, porta-voz do governo iraniano, afirmou que a medida foi tomada após ataques cibernéticos israelenses.

Historicamente, o Irã recorreu a esse tipo de bloqueio em momentos de agitação interna, como em 2019, quando a internet do país foi cortada por seis dias durante protestos em massa contra o aumento nos preços dos combustíveis, que resultaram em centenas de mortes.

Mesmo que a conectividade tenha sido severamente prejudicada em todo o país, foram especialmente afetadas as redes privadas virtuais (VPNs), que permitem o acesso a sites estrangeiros. Serviços como WhatsApp e Instagram, assim como as lojas de apps da Apple e do Google, foram bloqueados. Por outro lado, a rede nacional de sites locais aprovados pelo governo permaneceu funcional.

Starlink é chamada a intervir

Nesse cenário, foram feitos alguns apelos para que a Starlink, de Elon Musk, forneça acesso à internet para os iranianos. A operação da empresa no país é proibida, já que ela poderia, segundo o governo, facilitar ataques israelenses.

Apesar da proibição, estima-se que entre 30 mil e 40 mil terminais Starlink estejam em operação no Irã. Na última sexta-feira, 13, quando os ataques começaram, Musk postou em sua rede social, o X, que “os feixes estão ativos”, indicando a possibilidade de acender uma luz em meio ao apagão da internet no país.

A empresa é líder global no mercado de internet via satélite, com mais de 7 mil satélites operacionais em órbita baixa. Mais de 5 milhões de clientes são atendidos em 125 países.

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