Redação Exame
Publicado em 9 de outubro de 2025 às 05h51.
A Netflix deu um passo importante no universo dos games ao expandir sua oferta de jogos para a tela da TV.
Durante a conferência Bloomberg Screentime, realizada em Los Angeles, Greg Peters, co-CEO da empresa, anunciou a chegada de jogos interativos que poderão ser jogados diretamente nas televisões, ampliando as opções de entretenimento além dos filmes e séries tradicionais.
A plataforma aposta em jogos que incentivam a diversão em grupo, como Boggle Party, Pictionary: Game Night, Tetris Time Warp e Lego Party. Antes os games estavam disponíveis somente para smartphones.
Agora, com a chegada à TV, os celulares servirão como controladores, enquanto a maior parte da interação ocorre na tela grande.
Apesar de reconhecer que os esforços da empresa no setor de games ainda estão em evolução, Peters demonstrou otimismo sobre essa nova fase, afirmando que a expansão para jogos na TV é uma resposta à saturação do mercado de jogos móveis, que já conta com uma concorrência bem estabelecida.
A Netflix iniciou sua incursão no mercado de jogos há quatro anos, com a intenção de diversificar suas ofertas e atrair mais usuários.
Inicialmente, a empresa focou em jogos para dispositivos móveis, acreditando que seria uma boa forma de expandir seu público. No entanto, com a competição crescente no setor de games para celular, a Netflix percebeu que esse modelo não era o mais eficaz. A solução foi investir nos jogos para TV, aproveitando o espaço familiar que a televisão ocupa na casa do usuário.
Alain Tascan, novo chefe dos negócios de jogos da Netflix, trouxe sua experiência da Epic Games, famosa desenvolvedora de Fortnite, para ajudar a empresa a quebrar as barreiras do cinema e da TV no mercado de jogos.
Tascan destacou que, ao contrário de outras empresas de entretenimento, a Netflix tem uma abordagem mais estratégica e de longo prazo, focando em quatro áreas principais: jogos para crianças, jogos sociais, títulos populares como Grand Theft Auto e jogos inspirados em suas próprias produções, como Stranger Things.