Tecnologia

Justiça do Canadá derruba direitos por download musical

O tribunal decidiu também que as amostras de músicas em lojas on-line, como o iTunes, da Apple, não infringem as leis de direitos autorais

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2012 às 23h12.

Toronto - Num golpe para os artistas, e para benefício das empresas de telecomunicações, a Suprema Corte do Canadá decidiu nesta quinta-feira que compositores e editoras musicais não têm direito a receber pelos direitos de execução de canções baixadas na Internet.

O tribunal decidiu também que as amostras de músicas em lojas on-line, como o iTunes, da Apple, não infringem as leis de direitos autorais e não resultam no pagamento de taxas. Já a música tocada em streaming continua tendo de pagar.

As decisões são "definitivamente boas para os provedores de serviços de Internet e ruins para compositores e detentores de direitos autorais", disse David Donahue, especialista em direitos autorais no escritório de advocacia Fross Zelnick Lehrman & Zissu, de Nova York, que não estava envolvido no processo.

A distinção feita pela corte entre o download e a música em streaming é semelhante à diferença entre comprar um CD, em que há pagamento de direitos à gravadora, e ouvir a música no rádio, situação na qual a emissora geralmente paga ao artista via editora musical ou uma entidade arrecadadora.

David Leichtman, advogado que representou compositores dos Estados Unidos em um processo anterior contra empresas norte-americanas de telefonia celular, por causa do uso de músicas como toques de chamada, disse que decisões desse tipo "significam menos renda para compositores, e a decorrente possibilidade de que os compositores tenham menos incentivo para escrever músicas".

Acompanhe tudo sobre:ArteEntretenimentoIndústria da músicaInternetJustiçaMúsica

Mais de Tecnologia

WhatsApp ultrapassa 3 bilhões de usuários mensais e reforça foco da Meta em IA

World, projeto de Sam Altman que lê a íris, chega aos EUA: menos mistério, mais WeChat

Sem Chrome, o Google pode ruir? Pichai diz que plano do governo ameaça futuro da empresa

Play Store do Google registra queda de 47% em apps, mas mostra sinais de recuperação