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Mark Zuckerberg volta a depor para defender Meta

Bilionário falou na segunda-feira sobre o início do Facebook e começou a responder às perguntas do tribunal nesta terça-feira

Mark Zuckerberg: dono da Meta presta depoimento em processo contra big tech nesta terça-feira ( BRENDAN SMIALOWSKI/AFP /Getty Images)

Mark Zuckerberg: dono da Meta presta depoimento em processo contra big tech nesta terça-feira ( BRENDAN SMIALOWSKI/AFP /Getty Images)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 15 de abril de 2025 às 14h45.

Mark Zuckerberg voltou aos tribunais de Washington nesta terça-feira, 15, no segundo dia do julgamento de sua empresa Meta, matriz do Facebook acusada de comprar o Instagram e o WhatsApp para sufocar possíveis concorrentes.

O bilionário, que fez de tudo para evitar o julgamento federal, falou na segunda-feira sobre o início do Facebook e começou a responder às perguntas do tribunal nesta terça-feira.

O julgamento é um revés para Zuckerberg, que intensificou sua relação com o novo governo do presidente Donald Trump na esperança de resolver o caso fora dos tribunais e evitar oito semanas de audiências na corte federal.

O caso está sendo julgado cinco anos após a queixa ter sido apresentada durante o primeiro governo Trump. Em caso de derrota, a Meta pode ser forçada a separar-se do Instagram e WhatsApp.

A autoridade americana de defesa da concorrência, a FTC (Federal Trade Commission), considera que a Meta (então Facebook) abusou de sua posição dominante para comprar o Instagram em 2012 por US$ 1 bilhão (R$ 5,87 bilhões) e o WhatsApp por US$ 19 bilhões (R$ 111 bilhões) em 2014.

Estas aquisições permitiram "eliminar ameaças imediatas", acusou o representante da FTC na segunda-feira. O advogado da Meta alegou que foram "casos de sucesso" para os consumidores.

Qual mercado?

É fundamental definir o que se entende por mercado de referência. Para a FTC, "durante mais de uma década, a Meta manteve nos Estados Unidos um monopólio nos serviços de redes sociais", que permite que as pessoas entrem em contato com suas famílias e amigos.

Segundo a reguladora, outras grandes plataformas como YouTube e TikTok não estão na mesma categoria.

A Meta, com sede em Menlo Park, Califórnia, nega. Facilitar as amizades e as relações familiares "é definitivamente parte do que fazemos, mas essa atividade não avançou de forma real em comparação com outros aspectos", ressaltou Zuckerberg ao tribunal na segunda-feira.

Durante o julgamento, a defesa da empresa insistirá também na concorrência entre suas plataformas e as de seus rivais, que inovam e regularmente acrescentam novas funções para "ganhar minutos de atenção dos usuários".

Atualmente, o Instagram tem 2 bilhões de usuários em todo o mundo. Os advogados do Meta atribuem esse sucesso aos investimentos significativos do grupo.

A FTC, por sua vez, tentará provar que o monopólio da Meta no mercado de "redes sociais pessoais" resultou em uma degradação do uso para os usuários, que são forçados a tolerar muitos anúncios e mudanças bruscas.

Essa é uma das cinco principais ações antimonopolistas empreendidas nos últimos anos pelo governo americano no setor de tecnologia.

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