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Microsoft acirra disputa contra Chrome forçando uso do Edge

Microsoft tem investido na eficiência do Edge e foi um pouco mais longe: agora não há a opção de excluir o navegador dos computadores

Microsoft: navegador da empresa tem apenas 3% de participação no mercado (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

Microsoft: navegador da empresa tem apenas 3% de participação no mercado (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 10 de agosto de 2020 às 11h16.

Última atualização em 10 de agosto de 2020 às 11h26.

Apesar de o sistema operacional Windows ter se mantido no topo das preferências, com presença em 87,7% dos computadores, de acordo com a ferramenta Net Market Share, o navegador da Microsoft, primeiro lançado como Internet Explorer e rebatizado de Edge, despencou na preferência dos usuários conforme ficava para trás em performance.

Hoje, o navegador Chrome, do Google é a preferência de 65,9% das pessoas. Para tentar mudar isso, a Microsoft tem investido na eficiência do Edge e foi um pouco mais longe: agora não há a opção de excluir o navegador dos computadores Windows, a não ser que você seja um programador.

Em sua última atualização, o Edge foi incorporado ao Windows Update. Na prática, ele torna-se parte integrante do sistema operacional da Microsoft, e não um programa para ser instalado e desinstalado. Assim, as versões do navegador serão atualizadas automaticamente junto das atualizações do próprio sistema operacional.

Em um documento de suporte atualizado recentemente, a Microsoft justificou a mudança como uma forma de "garantir que todos os clientes do Windows tenham o navegador Microsoft Edge mais recente para o desempenho".

Desde 2008, quando tinha quase 70% de presença nos computadores, o navegador da Microsoft vem perdendo espaço. O ponto de virada aconteceu em 2012, quando o Chrome ultrapassou os números do Internet Explorer, segundo o a ferramenta StartCounter.

Para tentar alavancar seu navegador, a Microsoft não só mudou o nome do antigo — e mal falado — Internet Explorer, mas reprogramou o aplicativo, lançando o Edge em 2015. Mas mudar apenas o nome não seria suficiente para fazer com que os usuários do Windows resistissem à tentação de baixar outro navegador mais rápido, como o Chrome.

Desde o lançamento do Edge, a empresa tem investido em sua otimização para usar menos memória RAM. O navegador tem a mesma engenharia que o rival da Google e permite extensões que antes eram feitas apenas para o Chrome. A importação de informações da conta do usuário também foi facilitada.

Apesar de ainda não ter conseguido despontar, com apenas 3,03% de participação no mercado em abril de 2020, o Edge já alcançou uma performance semelhante ao do Chrome, com testes de velocidade apontando bom desempenho.

 

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