Tecnologia

Microsoft, Google e Twitter apoiam campanha contra NSA

Companhias declararam seu respaldo à campanha "The Day We Fight Back", promovida para acabar com o "regime de espionagem da NSA"


	Manifestante participa de protesto da organização Code Pink contra a espionagem americana, em Washington, em outubro do ano passado
 (Jim Watson/AFP)

Manifestante participa de protesto da organização Code Pink contra a espionagem americana, em Washington, em outubro do ano passado (Jim Watson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 10h58.

Los Angeles - Microsoft, Google e Twitter declararam nesta terça-feira seu respaldo à campanha "The Day We Fight Back", promovida por organizações de direitos civis e empresas de internet para acabar com o "regime de espionagem em massa da NSA" (Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos).

Os promotores querem que este dia sirva para inundar a internet de mensagens e símbolos de oposição às políticas de acesso à informação privada que praticam os serviços de inteligência dos EUA e que foram reveladas por vazamentos do ex-técnico da NSA, Edward Snowden.

"Hoje estamos orgulhosos de apoiar "The Day We Fight Back" para terminar com a vigilância em massa", assegurou o Twitter através de um tweet de uma conta oficial.

A rede social uniu-se explicitamente à campanha que tem por trás de si Mozilla, Reddit, Access, Demand Progress, Electronic Frontier Foundation, Fight for the Future, Free Press, The Other 98% e BoingBoing, entre outros.

Embora não tenham apoiado diretamente o protesto, Microsoft e Google aproveitaram o evento para mostrar seu apoio a uma reforma legal que ponha limites à NSA.

A vice-presidente de Políticas Públicas do Google, Susan Molinari, recorreu ao blog da empresa para pedir ao Congresso que aprove o Freedom Act, um projeto de lei que recolhe os princípios que, de acordo com as companhias tecnológicas, deveriam controlar a intromissão na privacidade por parte das agências de inteligência.

"O Google reconhece as ameaças muito reais que os Estados Unidos e outros países enfrentam, mas acreditamos firmemente que os programas de vigilância do governo deveriam operar sob um marco legal regulado, delimitado, transparente e sujeito à supervisão", disse Susan Molinari.

Na Microsoft, o vice-presidente de Assuntos Governamentais, Frederick S. Humphries Jr., considerou a campanha que acontece hoje como uma consequência direta de uma vontade geral do povo em todas partes do mundo para que se reforme a vigilância governamental.

"Nós acreditamos que uma reforma extensa é essencial para nossos clientes, nossa empresa e a sociedade em seu conjunto. Não só para ajudar a equilibrar o privado e a segurança, mas para demonstrar que consideramos que sem liberdade não temos segurança", comentou Humphries Jr.

A reputação das grandes empresas do setor tecnológico foi colocada em dúvida depois que foi relevado que entregavam informação de seus usuários sem seu consentimento à NSA. Desde então se defenderam pedindo maior transparência destes processos e tornando público listas de pedidos com mandato judicial que recebiam por assuntos de inteligência. EFE

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