Tecnologia

Musk demite equipe focada no combate à desinformação eleitoral na rede X

Corte ocorreu após reguladores da União Europeis descobrirem que a plataforma representava a maior parcela de desinformação entre as principais redes sociais

Elon Musk: magnata é dono da Space X e do X (antigo Twitter) (Chesnot/Getty Images)

Elon Musk: magnata é dono da Space X e do X (antigo Twitter) (Chesnot/Getty Images)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 28 de setembro de 2023 às 16h57.

Última atualização em 28 de setembro de 2023 às 16h58.

O proprietário da plataforma X (antigo Twitter), Elon Musk, anunciou que demitiu grande parte da equipe encarregada de preservar a integridade eleitoral nesta rede social, a poucos meses do período de eleições importantes em diversos países.

"Ah, você se refere à equipe de 'Integridade Eleitoral' que estava minando a integridade eleitoral? Sim, eles se foram", escreveu Musk na quarta-feira (27), em resposta a um relatório do The Information.

Fique por dentro das últimas notícias no WhatsApp da Exame. Inscreva-se aqui 👉 https://t.ly/6ORRo

A plataforma afirmou que cortou metade de sua equipe global dedicada a monitorar e limitar a desinformação e a fraude relacionadas a eventos eleitorais relevantes.

Espera-se mais de 50 eleições importantes em todo o mundo em 2024, incluindo as presidenciais nos Estados Unidos, além de outras na Índia, no continente africano e na União Europeia (UE).

Por que o corte de funcionários ocorreu?

A demissão se produziu após reguladores da UE descobrirem que a plataforma X representava a maior parcela de desinformação entre as principais redes sociais analisadas por uma equipe regional.

Uma nova norma deste bloco econômico europeu obriga empresas de tecnologia a controlarem melhor seu conteúdo para proteger seus usuários contra a desinformação e o discurso de ódio, no qual infratores desta lei podem ser punidos com multas.

O corte de funcionários, entretanto, parece contradizer as recentes declarações da CEO do X, Linda Yaccarino, que afirmou esta semana ao Financial Times que a plataforma estava ampliando suas equipes em todo o mundo diante da iminência da temporada eleitoral.

Quando questionada sobre o relatório do The Information durante a conferência Code, do grupo Vox Media, na quarta-feira, 27, Yaccarino disse que a integridade eleitoral é um tema que esta rede social leva "muito a sério".

"Ao contrário dos comentários que foram feitos, há uma equipe forte e em crescimento em X que se dedica à integridade eleitoral", acrescentou.

A CEO ainda acrescentou que X gerará lucro no início do próximo ano, mas se recusa a confirmar que a rede social começará a cobrar pagamentos de todos os seus usuários, dando a entender que se trata de uma "ideia" e não de um plano já adotado.

Durante uma conversa com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na semana passada, Musk afirmou que introduzir um "pequeno pagamento mensal" pelo uso de X seria a única forma de combater a grande quantidade de bots (contas automatizadas) que existem atualmente no site.

Acompanhe tudo sobre:Elon Musk

Mais de Tecnologia

ChatGpt fora do ar? IA tem instabilidade neste sábado, 26

Spotify vai aumentar preço das assinaturas a partir de junho, diz jornal

Como antecipado pela EXAME, Apple amplia produção de iPhones no Brasil

Apple vai deslocar produção da maioria dos iPhones vendidos nos EUA para Índia até fim de 2026