A HTC lançou nesta semana no mercado internacional o smartphone HTC One M8. O aparelho é o novo topo de linha da empresa, roda sistema Android e conta com um processador Qualcomm Snapdragon 801, o mais recente já lançado. O dispositivo é vendido por 600 dólares. Confira a seguir as primeiras impressões do T3 sobre o produto

O HTC One M8 tem um design similar à sua versão anterior, um formato que levou o prêmio chamado Design Award do T3, no ano passado. A construção de metal na parte traseira do dispositivo se estende para as laterais do smartphone, que antes eram de plástico, e os botões também estão mais robustos agora. A entrada para fone de ouvido do novo aparelho fica na parte de baixo, como no iPhone 5s, o que faz muito mais sentido no momento de colocá-lo no bolso.

Ele é apenas 9,3mm mais fino que o HTC One, o que tem pouco impacto (porém, positivo) em sua ergonomia. Ele também é um pouco mais amplo e as teclas passaram para a tela do smartphone, o que aumenta a área útil da frente do aparelho. O M8 está disponível em três cores: prata ártico, dourado âmbar e a cor mais divulgada pela empresa, chamada Silver Gunmetal, que é um tom especial de prata. O smartphone pesa 160g, o que é mais do que o Galaxy S5 e o iPhone 5s, mas é menos do que o Xperia Z2. No geral, o design do aparelho é bonito e agradável de usar.

O HTC One tem um recurso chamado Blinkfeed, que é um software para leitura de notícias, uma alternativa para o Flipboard ou para o Feedly. Para acessá-lo, basta deslizar para a esquerda na sua tela inicial. Já o Instant Access faz com que alguns sensores do aparelho estejam sempre ligados para que você possa desbloquear o display apenas deslizando o dedo sobre ele. O sistema de som agora chamado Boomsound favorece a reprodução de frequências graves e médias. A HTC diz que o volume máximo do aparelho é 25% mais alto do que o HTC One original. Em nossos testes, notamos que o áudio ficou mais rico e claro do que antes, bem como mais alto. Há também um aplicativo de pedômetro, que mede os passos do usuário. O Fitbit usa os sensores do aparelho para monitorar a movimentação da pessoa.

Com 5 polegadas, a tela do HTC One M8 é um pouco maior do que a da versão anterior, que tinha 4,7 polegadas. A resolução é Full HD 1920 por 1080, com 44 pixels por polegada. A qualidade da imagem supera quase todos os concorrentes do mercado, exceto pelo Nexus 5, fabricado pela LG em parceria com o Google, que tem 445 pixels por polegada. Os ângulos de visão do display são ótimos e o tamanho maior tem um impacto positivo na experiência de uso, especialmente para a reprodução de vídeos.

O HTC One M8 tem um processador Qualcomm Snapdragon de 2,3 GHz, rodando o sistema Android. Não houve travamentos em momento algum durante diversas situações de uso. Uma inovação importante é que o aparelho não esquenta tanto quanto o HTC One original durante um uso intenso. O aparelho também de 2GB de memória RAM e 16GB de armazenamento, com suporte a cartão micros de até 128GB.

A câmera do HTC One tira fotos com um sensor de tecnologia ultrapixel, que agora pode captar melhor a profundidade das imagens. O novo software de câmera traz um benefício interessante: é possível salvar modos de uso de acordo com a sua preferência. O foco com um toque também funciona bem, sendo necessário apenas tocar em um ponto da tela para alterar o ponto de destaque da foto. Há controles manuais de IOS e exposição, bem como o modo automático. A câmera frontal também evoluiu e agora tem sensor de 5 MP.

A bateria do novo smartphone da HTC aumentou, passando de 2.300mAh para 2.600mAh.

Havia uma potencial dificuldade para a HTC lançar um sucessor para o bem-sucedido One, mas a empresa fez um trabalho incrível fazendo melhorias pequenas. Coisas como mover o local da entrada de fone de ouvido e melhorar a qualidade da construção foram inovações muito bem-vindas, juntamente com grandes melhorias para a tela, bateria e para a câmera.

Em suma, o HTC One M8 tem tudo que você pode precisar em um smartphone, e faz tudo incrivelmente bem. É uma pena, mas esse é um dos melhores aparelhos do mundo que o público brasileiro não poderá comprar no mercado nacional.