Side view of carefree obese woman exercising on treadmill during sports training in a health club. (Getty Images)
Repórter
Publicado em 16 de setembro de 2025 às 12h04.
Última atualização em 16 de setembro de 2025 às 12h05.
Médicos sempre alertaram que o excesso de peso aumenta as chances de desenvolver doenças graves, como diabetes tipo 2, hipertensão e problemas cardíacos. Mas um novo estudo sugere que a história pode ser mais complexa.
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Cientistas do Icahn School of Medicine, em Nova York, e da Universidade de Copenhague analisaram informações genéticas de mais de 450 mil pessoas de ascendência europeia. O trabalho identificou 266 variantes genéticas que parecem “desvincular” a obesidade dos riscos metabólicos.
Na prática, isso significa que algumas pessoas podem ganhar peso, mas continuam com pressão, colesterol e açúcar no sangue dentro do esperado — enquanto outras, sem essas variantes, desenvolvem rapidamente complicações.
“Obesidade não é uma condição única. Há diferentes subtipos, cada um com riscos próprios”, explicou Nathalie Chami, primeira autora do estudo.
Os pesquisadores identificaram oito tipos distintos de obesidade, cada um com impacto diferente na saúde. Em crianças, os efeitos também foram visíveis: aquelas que carregavam variantes protetoras tinham mais chances de se tornarem obesas, mas não mostravam sinais precoces de doenças metabólicas.
A descoberta pode, no futuro, ajudar médicos a prever quais pacientes correm mais risco e até inspirar novos tratamentos que imitem esses efeitos genéticos protetores.
Os cientistas ressaltam que a obesidade continua sendo uma condição grave para a maioria das pessoas. “A maioria ainda enfrenta desafios de saúde, e fatores como dieta e exercício seguem sendo fundamentais”, disse Zhe Wang, coautor do estudo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2022 uma em cada oito pessoas no mundo vivia com obesidade. Desde 1990, os casos mais do que dobraram entre adultos e quadruplicaram entre adolescentes.