Tecnologia

OpenAI atinge US$ 10 bilhões em receita recorrente anual com ChatGPT e produtos corporativos

Startup de inteligência artificial perdeu US$ 5 bilhões no último ano, mas sustenta avaliação de mercado 30 vezes superior à sua receita

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 9 de junho de 2025 às 14h52.

OpenAI superou a marca de US$ 10 bilhões em receita recorrente anual menos de três anos após lançar o ChatGPT, seu chatbot baseado em inteligência artificial generativa. O número considera a venda de produtos ao consumidor final, soluções empresariais e o acesso à API, sigla para interface de programação de aplicações.

A cifra exclui receitas provenientes do licenciamento para a Microsoft e de contratos pontuais de grande porte, segundo porta-voz da companhia. No ano passado, a receita anual da empresa girava em torno de US$ 5,5 bilhões, indicando quase uma duplicação em menos de 12 meses.

Apesar do avanço em receita, a startup com sede em São Francisco opera no vermelho: em 2023, o prejuízo estimado foi de US$ 5 bilhões, reflexo dos altos custos envolvidos em treinar e manter modelos de linguagem em larga escala como o GPT-4.

O crescimento exponencial ajuda a contextualizar a atual avaliação de mercado da empresa, que chegou a US$ 40 bilhões após uma rodada de investimentos fechada em março. Trata-se do maior acordo privado de tecnologia já registrado, conforme dados do setor. No ritmo atual, o valor de mercado da OpenAI corresponde a cerca de 30 vezes sua receita — múltiplo elevado, mas compatível com o nível de otimismo entre os investidores.

Entre os principais financiadores estão o conglomerado japonês SoftBank, a própria Microsoft, além de fundos como Coatue, Altimeter e Thrive.

OpenAI quer US$ 125 bilhões de receita até 2029

A ambição da empresa, segundo fonte próxima às operações ouvida sob condição de anonimato, é atingir US$ 125 bilhões em receita até 2029. A informação foi antecipada pelo site The Information.

O ChatGPT foi lançado ao público no fim de 2022, e já no ano seguinte passou a contar com ofertas voltadas ao ambiente corporativo. Em março deste ano, a empresa afirmou atender a 500 milhões de usuários ativos por semana. Já o número de clientes pagantes no plano empresarial saltou de 2 milhões, em fevereiro, para 3 milhões em junho.

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