Tecnologia

OpenAI tenta conter crise com comunicado, mas não convence Musk a retirar processo

O advogado do bilionário, Marc Toberoff, disse que o movimento da companhia “não muda nada”, reafirmando as críticas sobre o uso indevido de ativos da fundação

Janaina Camargo
Janaina Camargo

Redatora na Exame

Publicado em 6 de maio de 2025 às 11h52.

A decisão da OpenAI de retroceder em seu plano de se reestruturar como uma empresa com fins lucrativos não foi suficiente para convencer Elon Musk e seus advogados a abandonarem a disputa judicial.

Em comunicado divulgado na noite desta segunda-feira, 5, o advogado do bilionário, Marc Toberoff, disse que o movimento da companhia “não muda nada”, reafirmando as críticas sobre o uso indevido de ativos da fundação.

"O anúncio da OpenAI é uma manobra transparente que não aborda as questões principais: ativos de caridade foram e ainda serão transferidos para o benefício de pessoas privadas, incluindo [Sam] Altman, seus investidores e a Microsoft".

A resposta veio horas após o anúncio da OpenAI, que mais cedo naquele mesmo dia realizou o anúncio em questão durante uma chamada via zoom com jornalistas, onde a empresa explicou a sua intenção de se transformar em uma corporação de benefício público, mantendo o controle sob sua fundação sem fins lucrativos.

Na reunião, o CEO da companhia, Sam Altman, evitou comentar diretamente sobre disputa com Musk. “Somos obcecados com a nossa missão e com o que é preciso para cumpri-la. Vocês todos são obcecados com o Elon, esse é o trabalho de vocês — tipo, mais poder para vocês. Mas estamos aqui para refletir sobre a nossa missão e descobrir como viabilizá-la. E essa missão não mudou.”

Musk, que foi um dos primeiros financiadores da OpenAI, processou a empresa e Altman em março, alegando que a empresa violou sua promessa original de desenvolver uma inteligência artificial responsável ao firmar uma parceria com a Microsoft.

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