Tecnologia

Por que a China está investindo US$ 56 bilhões por ano em uma rede nacional de computação

Para autoridade chinesa, a capacidade de computação se tornou "a principal arena de competição científica"

O plano é construir oito hubs de computação e 10 clusters de data centers

O plano é construir oito hubs de computação e 10 clusters de data centers

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 18 de março de 2024 às 06h50.

A China precisa de uma rede nacional de computação totalmente integrada se quiser avançar na corrida global pela alta tecnologia e reequipar sua economia para a inovação. Pelo menos é isso o que pensa Liu Liehong, chefe do novo órgão regulador de dados do país.

Em um artigo publicado no jornal Qiushi, do Partido Comunista, e divulgado pelo South China Morning Post, Liehong disse que a capacidade de computação se tornou "a principal arena de competição científica e tecnológica" entre os países que estão disputando essa liderança.

"As tecnologias do futuro, representados por novos materiais, produtos biofarmacêuticos, tecnologia genética e exploração de mares profundos, ar e espaço criaram uma demanda sem precedentes por infraestrutura de potência de computação.  Um sistema de computação unificado otimizaria os recursos, reduziria os custos e ajudaria o país a alcançar avanços em tecnologia de ponta, como a informação quântica."

O plano da China é construir oito hubs nacionais de computação e 10 clusters nacionais de data centers, num megaprojeto chamado "Eastern Data and Western Computing", que deve gerar cerca de US$ 56,3 bilhões em investimentos por ano.

O projeto foi lançado em 2022 e tem como objetivo abordar os desequilíbrios regionais do país em recursos digitais - entre as áreas mais prósperas do leste da China e o oeste rico em energia.

Em janeiro, em Shenzhen, foram iniciadas as obras para a construção de um centro de computação com custo estimado em US$ 65,6 milhões na primeira fase do projeto

Quando concluído, o centro será capaz de processar 1,6 bilhão de imagens e 1,9 milhão de horas de tradução de voz em uma hora, tornando a operação mais avançada - e mais cara - desse tipo na região do Delta do Rio das Pérolas, a maior concentração urbana do mundo com 108.5 milhões de residentes, segundo o Banco Mundial informou em censo de 2015. A gigantesca megalópole - que inclui Shenzhen, Guangzhou, Foshan e Dongguan - reúne parte importante do parque industrial e financeiro da China.

Acompanhe tudo sobre:Chinaempresas-de-tecnologia

Mais de Tecnologia

Spotify vai aumentar preço das assinaturas a partir de junho, diz jornal

Como antecipado pela EXAME, Apple amplia produção de iPhones no Brasil

Apple vai deslocar produção da maioria dos iPhones vendidos nos EUA para Índia até fim de 2026

Uber e Volkswagen vão lançar robotáxis que dispensam motoristas