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Rabino denuncia venda de pedras do Muro das Lamentações no eBay

A oferta já não está mais disponível no site, mas ainda é possível comprar por US$ 24,99 um cartão plastificado com areia do Muro

O rabino destacou que a venda de pedaços desse emblemático local da Cidade Antiga de Jerusalém viola uma proibição contida na Torá (Gali Tibbon/AFP)

O rabino destacou que a venda de pedaços desse emblemático local da Cidade Antiga de Jerusalém viola uma proibição contida na Torá (Gali Tibbon/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2012 às 15h55.

Jerusalém - O rabino do Muro dos Lamentações, Samuel Rabinovich, denunciou à Polícia a venda pelo site de comércio eletrônico eBay de supostas pedras desse local, o mais sagrado do judaísmo, informou a imprensa local.

A oferta nos Estados Unidos de pedras ao preço entre US$ 4,95 e US$ 9,95 já não está mais disponível no eBay, mas ainda é possível comprar por US$ 24,99 um cartão plastificado com areia do Muro.

Em comunicado emitido na segunda-feira pela Fundação de Patrimônio do Muro das Lamentações, Rabinovich destacou que a venda de pedaços desse emblemático local da Cidade Antiga de Jerusalém viola uma proibição contida na Torá (Pentateuco).

Além de transgredir preceito bíblico, a ação constitui uma 'fraude', já que atribui inexistentes poderes sobrenaturais a parede ocidental da estrutura que sustentava o segundo templo judeu, destruído pelos romanos no século I.

O uso de partes do muro para curar ou abençoar pode, ao contrário, amaldiçoar, advertiu. O rabino baseou seu argumento em um relato de Yitzchok Zilberstein, sogro do líder da comunidade ultraortodoxa lituana Yosef Shalom Eliashiv, conforme a qual um homem colocou uma pedra do muro na cabeça de sua mulher, que estava doente, para curá-la.

A esposa, no entanto, morreu no instante em que a pedra tocou a sua cabeça. Além da dimensão religiosa, a venda de partes históricas protegidas representa uma violação à Lei de Antiguidades, que é o motivo da denúncia à Polícia, lembrou Rabinovich.

Mais de 10 milhões de pessoas visitaram o Muro das Lamentações em 2011, revelou o rabino com base nas novas estatísticas policiais. 

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