Tecnologia

Robôs, cães e drones: empresa levanta US$ 26 milhões para coloar máquinas na segurança patrimonial

Inspirada pela Amazon, startup dos EUA já monitora instalações da Ford e quer expandir uso de robôs após onda de violência contra executivos

Demanda por segurança aumentou após o assassinato de Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, em dezembro do ano passado (Icon Sportswire)

Demanda por segurança aumentou após o assassinato de Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, em dezembro do ano passado (Icon Sportswire)

Publicado em 22 de julho de 2025 às 16h48.

Devido à alta demanda por segurança, tanto de executivos quanto de instalações, a empresa de robótica Asylon arrecadou US$ 26 milhões em uma rodada Série B liderada pelo Insight Partners, com participação de Veteran Ventures Capital, Allegion Ventures e GoPA Fund. O anunciou foi feito nesta terça-feira, 22, pela empresa sediada na Filadélfia.

Fundada em 2015, a Asylon inicialmente se dedicava a drones para segurança de instalações, sendo mais conhecida por uma versão com braço robótico capaz de trocar suas próprias baterias. Além disso, a empresa oferece o serviço "DroneDog", que adapta o robô Spot, da Boston Dynamics, para vigilância a partir da integração com seu software de comando e controle Guardian. A Asylon fornece drones, cães robôs e software como parte de sua oferta de segurança robótica como serviço (RaaS).

Utilizando drones e cães robôs, a empresa consegue cobrir áreas mais amplas do que com câmeras fixas, enviando seus robôs a locais perigosos para seres humanos ou cães reais. Os drones também realizam tarefas como detecção de vazamentos de gás ou substâncias químicas perigosas, com capacidades semelhantes às de cães de busca.

No total, a Asylon já levantou aproximadamente US$ 45 milhões, incluindo a recente rodada de US$ 26 milhões, o que é pouco se comparado com outras empresas do setor. Damon Henry, CEO e fundador, disse que arrecadar esse capital foi desafiador, mas a demanda por segurança de executivos e instalações aumentou após o assassinato do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, em dezembro.

O custo do RaaS da Asylon varia de US$ 100.000 a US$ 150.000 por ano, semelhante ao gasto para contratar um serviço de guarda-costas humano. Atualmente, a Asylon emprega 65 pessoas e tem sistemas implantados em 15 estados.

Qual a fonte de inspiração para a Asylon?

A inspiração para a Asylon surgiu quando Henry, junto com os cofundadores Adam Mohamed (CTO) e Brent McLaughlin (COO), viram um anúncio da Amazon sobre o serviço de entrega com drones.

Em 2019, a empresa conquistou seu primeiro cliente, a Ford. Contudo, em 2021, a Asylon quase fechou as portas quando, na véspera de uma demonstração em um evento da cliente, um dos drones quebrou. Um novo drone foi entregue a tempo, funcionando perfeitamente e garantindo três novos clientes da Fortune 500, além do primeiro contrato com o Departamento de Defesa dos EUA (DoD).

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