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TV a cabo quer atacar Netflix por queda de assinantes

Após grande queda no número de assinantes, operadoras de TV a cabo querem trabalhar em Brasília para afetar Netflix, que culpam por problemas


	Frank Underwood: operadoras fazem investida política contra Netflix
 (Divulgação/ Netflix)

Frank Underwood: operadoras fazem investida política contra Netflix (Divulgação/ Netflix)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 25 de janeiro de 2016 às 15h55.

São Paulo – Operadoras brasileiras estão planejando um ataque ao Netflix. A informação foi publicada pelo colunista Ricardo Feltrin, do UOL.

De acordo com ele, as empresas estão trabalhando com representantes em contato com o governo para trazer mudanças que sejam maléficas ao serviço de streaming. O alarme teria soado após a perda de um milhão de assinantes de TV a cabo desde 2014.

Para as operadoras, uma das principais causas dessa queda é o Netflix. Segundo o colunista, as empresas trabalharão em quatro pontos.

O primeiro é exigir o pagamento de uma taxa à Ancine, a Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional). O valor seria de três mil reais por título disponível online.

O segundo ponto seria exigir a presença de, ao menos, 20% de conteúdo nacional—norma à qual as operadoras de TV a cabo estão sujeitas.

Em terceiro, elas defendem que os Estados cobrem ICMS dos clientes pelas assinaturas.

O último ponto é cobrar, de alguma forma, pelo tráfego de vídeo online—elas justificam que o streaming de vídeo consome muita banda, por ser um conteúdo pesado.

A última ideia, diga-se de passagem, vai contra o princípio da neutralidade da rede, que faz parte do Marco Civil da Internet, aprovado em abril de 2014.

Apesar de aprovado, o Marco Civil da Internet ainda está sem regulamentação. O Ministério da Justiça vem trabalhando nisso—por mais que seja de forma vagarosa.

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