Tecnologia

Twitter cancela conta da milícia Al Shabab

Milícia usou conta para mandar ameaça a governo do Quênia de que mataria reféns


	Twitter: a conta da milícia, com mais de 20 mil seguidores, chamava-se @HSMPress
 (Fred Tanneau/AFP)

Twitter: a conta da milícia, com mais de 20 mil seguidores, chamava-se @HSMPress (Fred Tanneau/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2013 às 17h27.

Nairóbi - O Twitter cancelou nesta sexta-feira a conta da milícia radical islâmica somali Al Shabab, dois dias depois que os fundamentalistas usaram a rede social para ameaçar o Governo do Quênia de executar seis reféns quenianos.

'Conta suspensa. O perfil que você está tentando ver foi suspenso', adverte o Twitter quando se tenta ter acesso a @HSMPress, a conta em inglês que a milícia possuía e que tinha mais de 20 mil seguidores.

Na quarta-feira passada, Al Shabab usou sua conta para emitir um vídeo intitulado 'Prisioneiros de guerra quenianos. A mensagem final', no qual ameaçava matar seis nacionais do Quênia.

A milícia, que no ano passado formalizou sua adesão à rede terrorista Al Qaeda, utilizou também o Twitter no último dia 17 para anunciar que tinha executado o refém francês Dennis Allex, cativo desde julho de 2009 na Somália, após uma fracassada operação de resgate na qual dois soldados franceses e 17 milicianos morreram.

Três dias antes, a milícia tinha publicado na rede social três fotografias que mostravam o corpo de um suposto comandante francês abatido durante a fracassada operação de resgate de Allex, realizada no último dia 12 no sul da Somália.

Em sua pagina, o Twitter adverte a seus usuários que não podem publicar 'ameaças diretas, específicas contra outros' e que não podem usar seus serviços para 'atividades ilegais'.

Ao Shabab abriu sua conta no Twitter como ferramenta de propaganda depois que, em outubro de 2011, o Exército do Quênia entrou na Somália por causa de uma onda de sequestros em solo queniano que atribuiu à milícia.


Os radicais controlam amplas áreas do centro e do sul da Somália, onde o frágil Governo somali ainda não está em condições de impor sua autoridade.

As tropas da Missão da União Africana (Amisom), o Exército somali, as forças etíopes e milícias pró-governo combatem os islamitas, que tentam instaurar um Estado islâmico de modelo wahhabista no país.

A Somália vive em um estado de guerra civil e caos desde 1991, quando foi derrubado o ditador Mohammed Siad Barre, o que deixou o país sem um Governo efetivo e nas mãos de milícias islamitas, senhores da guerra e grupos de delinquentes armados. 

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetInternetRedes sociaisTwitter

Mais de Tecnologia

TruthSocial, rede social de Trump, passa por instabilidades depois de EUA confirmarem ataque ao Irã

Maior vazamento da história expõe 16 bilhões de senhas — e Brasil está entre os mais afetados

iFood fora do ar? Aplicativo passa por instabilidades neste sábado, 21

Foxconn amplia presença na Índia e deve iniciar produção de carcaças para iPhones no país