Tecnologia

UE se opõe à proposta de taxar tráfego na Internet

O embate sobre o policiamento da Internet ocorrerá em uma reunião da União Internacional de Telecomunicações em Dubai, entre 3 e 14 de dezembro


	Teclado de computador: "Para a UE, não há justificativas para essas propostas", afirmou a Comissão Europeia nesta sexta-feira
 (AFP)

Teclado de computador: "Para a UE, não há justificativas para essas propostas", afirmou a Comissão Europeia nesta sexta-feira (AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2012 às 13h37.

Bruxelas - A União Europeia e os Estados Unidos estão se preparando para unir as forças contra uma proposta da Rússia e de países africanos para taxar o tráfego da Internet e facilitar o rastreamento de usuários.

O embate sobre o policiamento da Internet ocorrerá em uma reunião da União Internacional de Telecomunicações em Dubai, entre 3 e 14 de dezembro, em que os 193 países membros da UIT debaterão novas regras para a rede.

Os 27 países da UE são absolutamente contra os planos radicais de regulamentação da Internet, como os que África e Ásia apresentaram para que governos possam rastrear o tráfego na Web e taxar companhias como o Google e Yahoo caso transfiram conteúdo para redes internacionais.

Os Estados Unidos, fundamentais na administração da Corporação para Atribuição de Nomes e Números na Internet, opõem-se a quaisquer novas restrições, que, temem, limitariam inovação e comércio.

Nesse aspecto, Washington tem com o apoio da UE, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e outros países da UIT. Além do apoio de países africanos, observadores dizem que a Rússia conta com a China em algumas propostas.

"Para a UE, não há justificativas para essas propostas", afirmou a Comissão Europeia nesta sexta-feira, afirmando que essa era a visão de todos os 27 membros do bloco.

A comissária europeia que responde pela política de Internet, Neelie Kroes, afirmou que algumas das propostas que estão vindo à tona antes da conferência da UIT podem prejudicar a evolução da Internet como uma peça imprescindível para o comércio mundial e o livre fluxo de dados e informações.

"A posição da UE é a de que a Internet funciona", declarou a comissária esta semana. "E não se deve mexer em time que está ganhando".

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