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Vendas no comércio eletrônico do Brasil devem crescer 24%

Segmento pode superar 50 milhões de consumidores e vendas podem atingir R$ 28 bilhões


	Comércio eletrônico: no ano passado, o setor de eletrodomésticos liderou as vendas online, com 12,4 %.
 (Arquivo)

Comércio eletrônico: no ano passado, o setor de eletrodomésticos liderou as vendas online, com 12,4 %. (Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2013 às 18h14.

São Paulo - As vendas no comércio eletrônico brasileiro devem atingir 28 bilhões de reais neste ano, quando o segmento pode superar 50 milhões de consumidores, conforme projeções traçadas nesta quarta-feira pela empresa especializada em dados do setor, e-bit.

"A tendência é que o ano apresente resultado melhor que 2012 em virtude da retomada do crescimento econômico e da aceleração das vendas de dispositivos móveis como tablets e smartphones", afirmou a e-bit.

A previsão para 2013 representa crescimento de cerca de 24 % sobre os 22,5 bilhões de reais faturados em 2012, excluindo serviços e ofertas em sites de compras coletivas, por exemplo.

O número de consumidores virtuais também deve saltar neste ano, superando 50 milhões de pessoas, segundo o diretor geral da e-bit, Pedro Guasti. Atualmente, 42,2 milhões de consumidores já realizaram uma compra online no Brasil.

O resultado do ano passado foi impulsionado pelo desempenho de vendas no segundo semestre, que concentrou datas comemorativas como Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal --data mais importante para o varejo, cujo faturamento do comércio eletrônico de 2012 atingiu 3,06 bilhões de reais.

Além disso, houve a edição brasileira da Black Friday, cujas vendas somaram 243,8 milhões de reais em 24 horas.

No ano passado, o setor de eletrodomésticos liderou as vendas online, com 12,4 % do total, seguido por moda e acessórios (12,2 %) e saúde, beleza e medicamentos (12 %).


"O segmento de moda e acessórios vem crescendo muito rapidamente... assim como saúde, beleza e medicamentos também vem ganhando participação", disse Guasti.

Em uma análise mais ampla, na qual a e-bit consolidou o desempenho de todo o comércio digital, o faturamento totalizou 49,7 bilhões de reais em 2012, abrangendo vendas de passagens aéreas, ingressos, turismo, market places (locais destinados ao comércio de bens e serviços, como o site Mercado Livre) e em sites de compras coletivas, além das vendas de bens de consumo, que somaram 22,5 bilhões.

Em todo o ano passado, os sites de compras coletivas tiveram faturamento de 1,65 bilhão de reais, alta de 8 % ante 2011. Já as vendas de passagens aéreas, turismo e ingressos alcançaram 18,9 bilhões de reais, enquanto a comercialização em market places somou 6,58 bilhões.

TÍQUETE MÉDIO CAI Em sentido contrário ao desempenho das vendas, o tíquete médio no comércio eletrônico diminuiu no ano passado em relação a 2011, passando de 346 para 342 reais.

"O tíquete médio é alavancado pelas categorias de eletroeletrônicos, informática e telefonia", disse Guasti. "Quando outras categorias emergentes ganham espaço, o tíquete médio cai, mas isso não é ruim", acrescentou, referindo-se a itens de consumo recorrente, como vestuário e acessórios.

A estimativa é de que o tíquete médio fique em 350 reais neste ano.

Guasti também destacou a relevância da isenção de frete por parte das varejistas como forma de favorecer as vendas. "O frete grátis continua sendo o grande alavancador de vendas", afirmou.

Dos 66,7 milhões de pedidos realizados em 2012, 54 % tiveram frete grátis, gerando uma economia de 1,09 bilhão de reais aos bolsos dos brasileiros.

Em contrapartida, os 46 % dos pedidos restantes resultaram em custo adicional de 932,1 milhões de reais aos consumidores, segundo a e-bit.

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