YouTube tanto reconhece que as expectativas dos anunciantes evoluíram quanto que, agora, eles podem segmentar conteúdos com níveis específicos de profanidade, conforme suas preferências (STR/NurPhoto/Getty Images)
Redator
Publicado em 30 de julho de 2025 às 10h11.
O YouTube anunciou uma mudança importante em sua política de monetização, agora permitindo que vídeos com forte profanidade nos primeiros segundos, incluindo palavrões como o começado com “f” em inglês, se qualifiquem para a monetização completa. Anteriormente, esses vídeos eram elegíveis apenas para receita publicitária limitada.
Essas alterações na política de linguagem inadequada sempre foram um ponto de atrito entre a plataforma e seus criadores. Em novembro de 2022, o YouTube restringiu a monetização de vídeos com palavrões nos primeiros 8 a 15 segundos, o que gerou críticas de criadores como ProZD. Em um vídeo, ele aguardou o tempo inicial para, então, chamar a mudança de “a maior besteira que já ouvi em minha vida”, sendo posteriormente desmonetizado.
Em março de 2023, o YouTube ajustou suas diretrizes, permitindo a monetização de vídeos com palavrões nesse intervalo, mas de forma limitada. A atual decisão foi comemorada por muitos criadores, incluindo ProZD, para quem “já era hora” de mudanças.
Segundo Conor Kavanagh, chefe de políticas de monetização do YouTube, as restrições iniciais foram estabelecidas para alinhar a plataforma ao padrão de transmissões para públicos amplos, já que os anunciantes esperavam que seus comerciais fossem exibidos em vídeos sem palavrões logo antes ou depois.
Com a nova abordagem, o YouTube tanto reconhece que as expectativas dos anunciantes evoluíram quanto que, agora, eles podem segmentar conteúdos com níveis específicos de profanidade, conforme suas preferências.
No entanto, a plataforma ainda mantém restrições para vídeos com palavrões “moderados” ou fortes em títulos ou miniaturas. Além disso, conteúdos com alta frequência de profanidade continuam sendo uma violação das diretrizes de conteúdo amigável aos anunciantes.
Essas mudanças refletem uma tentativa do YouTube de equilibrar as necessidades dos criadores de conteúdo com as expectativas dos anunciantes, permitindo uma maior flexibilidade na monetização sem comprometer os padrões da plataforma, que, 20 anos após sua fundação, está consolidada como destino de entretenimento e publicidade.