11 de abril de 2025 às 10:20
Em uma iniciativa pioneira no mundo, o Brasil passa a incluir a educação sobre oceanos no currículo escolar e chama a atenção para a importância do ecossistema para a manutenção da biodiversidade e equilíbrio climático.
A medida foi oficializada com a assinatura de um Protocolo de Intenções em Brasília, na quarta-feira (9), com o apoio da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e articulação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), além do MEC.
O batizado "currículo azul" será integrado às escolas de todo o país e adaptado às realidades locais, trazendo uma visão holística do oceano como "regulador climático, fonte essencial de vida e catalisador de soluções sustentáveis.", destacou a ONU em comunicado.
A mudança acontece em um momento crucial para o combate à crise climática, com o aquecimento dos oceanos batendo níveis recordes e trazendo consequencias drásticas para a vida na Terra.
Nossos mares pedem socorro: poluição, acidificação das águas, perda de biodiversidade e branqueamento de extensos recifes de corais tornam o desafio da conservação uma corrida contra o tempo.
Mirando a COP30 no Brasil, o oceano também entra em cheque como um aliado para o equilíbrio do clima junto com as florestas, visto que funciona como um grande sumidouro de carbono.
A medida ganhou força no Brasil com um primeiro passo em Santos, São Paulo, após a aprovação em 2021 de uma lei que estabeleceu a cultura oceânica como política pública em escolas municipais.