ESG

Especial Trajetórias: Ângela Assis, do concurso público à cadeira de CEO

Letícia Ozório

19 de março de 2025 às 09:29

Divulgação/Divulgação

“Trabalho, trabalho e trabalho”. É assim que Ângela Assis resume a sua trajetória. Atual presidente da Brasilprev, filiada do Banco do Brasil, iniciou sua carreira ministrando aulas de português para estudantes de concurso.

Leandro Fonseca/

Começou a trabalhar no BB em 1992 e, desde então, construiu uma carreira marcada por desafios e transições estratégicas.

Formada em Relações Internacionais e com especializações em administração de recursos humanos e liderança estratégica, começou a trabalhar em agência bancária, com o objetivo de ficar um ano na companhia.

Bloomberg/Bloomberg

Lá se foram mais de 30 anos. “Me apaixonei. O BB é uma empresa que traz muitas oportunidades e, de fato, aproveitei as chances que me foram oferecidas”, explica.

Rafael Henrique/Getty Images

Seu crescimento no banco veio com movimentações que ampliaram sua visão do negócio. Rapidamente, tornou-se gerente de expediente e, por seu foco em resultados, foi assumindo cargos de maior responsabilidade. Trabalhou em superintendências, investimentos e financiamentos.

Em novembro de 2020, foi indicada para a presidência da companhia, tornando-se a primeira mulher a liderar uma empresa coligada ao Banco do Brasil.

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Ao longo da trajetória, Ângela percebeu o impacto de sua presença em um setor historicamente masculino. "Sempre foquei em entregar resultados, mas com o tempo, entendi a importância de usar esse espaço para incentivar mudanças", afirma.

Na Brasilprev, implementou metas concretas para diversidade, estabelecendo que, até 2026, 45% dos cargos de liderança sejam ocupados por mulheres e 30% por pessoas pretas ou pardas. Atualmente, os índices já alcançam 41% e 25%, respectivamente.

Agibank/Divulgação

Outro ponto de atenção da executiva é a longevidade, um dos principais pontos na atuação da Brasilprev, companhia focada na previdência privada. "O Brasil está envelhecendo rápido. Em 2050, teremos mais aposentados do que contribuintes", alerta.

Ângela destaca a necessidade de combater o etarismo, prática que limita as oportunidades para profissionais maduros. Para mudar esse cenário, a Brasilprev adotou políticas para ampliar a presença de profissionais maduros e fomentar a troca intergeracional dentro da empresa.

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